Após a repercussão de uma cena de sexo de um trisal em público na Praça de Iracema, em Fortaleza, a Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro de vulnerável. O ato sexual dos três – dois homens e uma mulher – foi visto por pessoas que passavam pelo local. De acordo com o Uol, a mulher trans envolvida no caso disse que estava sob efeito de remédio, droga e álcool.
As imagens mostram dois homens e uma mulher em uma cena de sexo explícito na orla da praia de Iracema e foram e gravadas pelo celular de uma pessoa que passava no local no momento do ato.
Na terça-feira (7), a corporação havia dito que o caso era investigado como ato obsceno em lugar público, o que também configura crime. A polícia também explicou que a divulgação e publicação das imagens de sexo explícito sem consentimento dos envolvidos também é tipificada como crime.
Nesta quarta-feira (8), a mulher trans que aparece no vídeo prestou depoimento à polícia na Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza. Ainda de acordo com o Uol, a mulher contou em publicações no Instagram, que tomou um remédio controlado misturado com bebidas alcoólicas durante um evento de pré-Carnaval.
“Me lembro de poucas coisas, pois quase virei a noite bebendo. Fiquei bastante desorientada, essa filmagem foi por volta das 5 horas da manhã. […] Apareceram esses dois caras e me chamaram, eu nem lembro, na verdade, como chegamos nessa ponte, só sei que eu não tenho essas lembranças. Podem falar que é loucura e é! Acho isso muito vergonhoso, por isso neguei até antão. Venho pedir mil perdões a todos os ofendidos”, escreveu.
Ela disse ter “perdido a noção”, ficado “desorientada” e com poucas memórias daquele dia, inclusive sem saber como chegou ao local onde foi filmada com os dois homens. A jovem ainda disse que está passando “pelo pior momento da vida” e que sente muito. Ela afirmou ter sido perseguida devido à exposição e que tentaram puni-la.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) disse que a mulher será acompanhada pelo Grupo de Apoio às Vítimas de Violência (Gavv) da Polícia Militar do Ceará. Ainda conforme a pasta, também se compreende como estupro de vulnerável o sexo com uma pessoa “sem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”.
Fonte: D24am.