A Fecasarm (associação de bares, restaurantes e casas noturnas da Catalunha) e Spain Nightlife (órgão estatal ligado ao turismo na Espanha) entregaram uma petição ao Tribunal de Instrução 15 de Barcelona, onde está sendo julgado o suposto caso de estupro de Daniel Alves a uma mulher de 23 anos, pedindo que os representantes do setor façam parte da acusação ao jogador.
A agressão sexual teria acontecido em um banheiro na área VIP da casa noturna Sutton, localizada em um bairro nobre de Barcelona. A boate ajudou a suposta vítima, inclusive chamando a polícia. Além disso, entre as testemunhas estão funcionários do local.
Em entrevista ao site Europa Press, o secretário-geral das duas entidades, Joaquim Boadas, afirmou que a petição foi entregue a Justiça como “prevenção da intimidação geral e para evitar futuras ações semelhantes em locais de diversão noturna ou nas suas proximidades.”
Boadas afirmou ainda que, caso seja confirmada a culpa de Daniel Alves, ele receba uma punição que sirva de exemplo para que outras pessoas não repitam as ações do lateral-direito.
“[Possível punição] serve também como medida dissuasora para outras pessoas que pensam que podem vir a uma discoteca ou a um espaço de diversão noturna e cometer um crime de atentado contra a liberdade sexual de uma pessoa. Eles saberão que isso não ficará impune.”
Finalizou dizendo: “que esse caso marque um antes e depois em termos de condutas deste tipo em locais de diversão noturna. Que esse caso sirva para que muitos outros que aconteceriam no futuro não se verifiquem.”
Entenda o caso
Daniel Alves foi preso em Barcelona, na última sexta-feira, acusado por uma mulher, de 23 anos, de estupro, que teria acontecido na noite de 30 de dezembro. De acordo com o depoimento da jovem à Justiça, o jogador obrigou que ela fizesse sexo oral nele, em um banheiro da área VIP da boate Sutton.
Logo após o acontecido, o lateral-direito foi embora do local. Já, a suposta vítima, que tem o nome preservado, procurou ajuda de amigos e dos funcionários da casa noturna para relatar a agressão.
Na mesma noite, ela foi levada a um hospital em Barcelona, onde fez exames médicos. Nas análises foram verificados sinais condizentes à agressão.
Além disso, a polícia foi chamada e conseguiu amostras do local para que fossem feitos exames para confirmar as acusações da mulher.
No dia 2 de janeiro, a suposta vítima foi à delegacia e prestou queixa formal contra Daniel Alves, e levou o vestido que usava na noite que teria acontecido o estupro.
O brasileiro já deu três versões para o acontecido e chegou a prestar depoimento por espontânea vontade, na última sexta-feira. Mas, a juíza Maria Concepción Canton Martín determinou a prisão preventiva do jogador, sem direito à fiança.
A magistrada concluiu que Daniel Alves tinha possibilidade financeira de deixar o país, já que não mora na Espanha, e que deveria ficar detido até a investigação do caso terminar. Daniel Alves já foi transferido de presídio e não tem um tempo previsto para que ela saia da cadeia.
Fonte: D24am