Se a eleição para prefeito fosse hoje, David Almeida (23,3%) e José Ricardo (16,3%) estariam no 2º Turno. A iMarketing, que incorporou os serviços da antiga #PESQUISA365, entrevistou 1.000 eleitores na capital amazonense, entre os dias 14 e 19 de março.
O estudo a seguir é o primeiro a ser desenvolvido pela iMarketing Pesquisa e dá continuidade às duas rodadas realizadas em novembro e dezembro de 2018 pela antiga empresa #PESQUISA365.
Nesta terceira rodada, nove nomes foram colocados para a avaliação popular. Em relação ao estudo do fim do ano passado, foram repetidos sete (Chico Preto, David Almeida, José Ricardo, Luiz Castro, Marcelo Ramos, Marcos Rotta e Rebecca Garcia) e dois foram incluídos pela primeira vez: Delegado Péricles e Wilker Barreto.
Decidimos manter alguns nomes, mesmo com a dinâmica da política local e os naturais vaivéns partidários. David Almeida, por exemplo, possivelmente deixará o PSB, enquanto que Marcos Rotta continua sem partido e à procura de uma legenda. Já Rebecca Garcia perdeu, recentemente, a liderança do PP para o deputado federal Átila Lins.
E a título de informação de bastidores, o ex-senador Alfredo Nascimento vem sinalizando um desejo de ser candidato a prefeito, o que, se confirmado, inviabilizaria a candidatura de Marcelo Ramos.
Comparando-se com as pesquisas anteriores, dois nomes continuam se destacando dos demais: David Almeida, que permanece na frente, com 23,3%, seguido por José Ricardo, com 16,3%. Marcos Rotta também vem se mantendo na terceira colocação, variando de 11,6% em novembro, 7,9% em dezembro, e agora com 9,5%. Essa ocorrência de queda e crescimento ocorre por causa da quantidade de nomes que são colocados em cada rodada.
Marcelo Ramos aparece como quarto colocado, com 8,4%, empatado tecnicamente com Rebecca Garcia (8,2%), em quinto. Na sexta posição, Luiz Castro vem apresentando uma queda gradativa de percentual: de 7,8% no primeiro estudo, ele caiu para 6,8% em dezembro, e agora obteve 6,1%. Provavelmente, essa perda de intenção de voto se deva ao desgaste do exercício da função de secretário estadual de educação.
O Delegado Péricles, que neste estudo substituiu o nome do deputado federal Pablo Oliva (ambos do PSL), obteve 3,9% e ficou na sétima colocação. Chico Preto, com 2,8%, e Wilker Barreto, com 2,2%, ficaram nas duas últimas posições. Rejeitaram todos os nomes 11,5% dos entrevistados e 7,8% não souberam dizer.
Segunda opção de voto
Para calcularmos o potencial de votos de cada nome (1ª opção + 2ª opção), perguntamos aos participantes qual seria a segunda opção de voto deles caso a primeira escolha não concorresse ou se eles decidissem mudar de voto, por qualquer razão.
Nesse sentido, os grandes beneficiados foram David e Zé Ricardo que alcançariam um potencial de votos de 36,7% e 28,2%, respectivamente. Marcelo Ramos, com 19,7%, também teria uma chegada mais forte e tomaria o terceiro lugar de Rotta (16,6%).
Rejeição
Com 16,1%, a ex-superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, foi a que obteve a maior rejeição entre os nove nomes apresentados. O segundo mais rejeitado pelos entrevistados foi o deputado federal Marcelo Ramos, com 10,1%. Os demais registraram índices de rejeição entre 3% e 7%.
Perfil do eleitorado
O ex-deputado estadual David Almeida obteve melhor desempenho nas zonas leste e sul; José Ricardo na zona oeste; Marcos Rotta nas zonas leste e oeste, e Marcelo Ramos na zona oeste. Na variável “Sexo”, a maior concentração do voto feminino ocorreu com Rebecca Garcia, o que é natural por ela ser a única mulher entre os nomes testados.
Em “Faixa Etária”, David foi melhor percebido entre os entrevistados de 35 a 44 anos; Zé Ricardo, pelos eleitores de 25 a 34 e acima de 45 anos, e Marcelo Ramos pelos jovens de 16 a 24 anos. Na “Escolaridade” não há nenhuma concentração específica que seja favorável a qualquer um dos nomes.
Quanto à variável “Religião”, David Almeida teve um melhor desempenho entre evangélicos e protestantes, enquanto que Zé Ricardo foi mais bem percebido pelos católicos.
Nas eleições de 2018, o Brasil e o Amazonas fizeram a opção pela mudança. Nacionalmente, houve a polarização entre dois grupos antagônicos, enquanto que em nosso estado, o eleitor fez a opção pelo voto em um nome fora do universo político, um candidato midiático de um canal de TV local.
A busca por esse tal “novo” no País começou a se estabelecer após as manifestações de 2013, as chamadas “Jornadas de Junho”. Muitos analistas políticos e dirigentes partidários apostam que tanto o projeto nacional quanto o regional poderão gerar enormes frustrações ao eleitorado.
Por causa disso, decidimos incluir, em todos os estudos que realizaremos em 2019, uma pergunta sobre a intenção do eleitor em votar em um nome novo ou em alguém com maior experiência, mesmo que este tenha o comportamento relacionado às práticas da velha política.
A iMarketing tem o sentimento de que o movimento do eleitorado – seja o de continuar buscando a mudança ou o de, em um determinado momento, desistir dessa procura e optar por nomes tradicionais – deverá influenciar na escolha do próximo prefeito da maior cidade da região Norte e a sétima mais populosa do Brasil.
Nesta pesquisa de março, 50,6% dos eleitores de Manaus optaram por permanecer escolhendo um nome “novo”, número muito próximo do obtido, na capital, pelo governador Wilson Lima, no 1º Turno das eleições do ano passado.
Já os que preferem um candidato com maior experiência somaram 34,1%, enquanto que 15,3% não souberam responder.
Outras perguntas
Além da sucessão municipal, foram abordados outros temas, como o grau de utilização das mídias sociais pelos manauaras, o nível de lembrança que os eleitores têm dos candidatos em que votaram para deputados federal e estadual em 2018 e o quanto conhecem sobre os atuais presidentes da Assembleia Legislativa do Amazonas e da Câmara Municipal de Manaus.
Os resultados a essas perguntas estão contidos no relatório completo e são simples e autoexplicativos.
Sobre a pesquisa
• Margem de erro: 3,1% para mais ou para menos.
• Tamanho da amostra: 1.000 eleitores das seis zonas administrativas de Manaus.
• Período de realização da pesquisa: 14 a 19 de março.
• O grau de confiabilidade da pesquisa é de 95%. Isso significa dizer que se fossem feitas 100 entrevistas com a mesma metodologia, 95 estariam dentro da margem de erro prevista.