Josué busca respaldo técnico para decidir sobre instalação da CPI dos Combustíveis e evitar desgaste de ver mais uma investigação terminar em pizzaPor Warnoldo Maia de Freitas O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), Josué Neto (PSD), acabou de assegurar na manhã desta quarta-feira, 27, que não aceita nenhum tipo de pressão para instalar a CPI dos Combustíveis, proposta por Álvaro Campelo (PP) para investigar “a prática de cartel na definição do preço do produto”, e fez questão de deixar claro que não há interesse de engavetar a CPI e que dentro de 24 ou 48 horas sairá a decisão final sobre o assunto.
De acordo com Josué, no momento o assunto está sendo analisado de forma técnica para que, posteriormente, com base em laudos técnicos seja possível decidir se a Comissão Parlamentar de Inquérito vai ser instaurada ou arquivada e evitar que, mais uma vez, uma investigação termine em pizza. “Neste momento nós podemos divulgar e falar a todos que não existe nenhum interesse em engavetar essa CPI – até porque se nós fizermos uma pesquisa com a população do Estado, as pessoas, e nós sabemos disso, a maioria vai dizer que a CPI não dá em nada”, afirmou Josué fez questão de deixar claro que tudo está sendo feito segundo à receita da legalidade, temperada com uma pitada de prudência e outra de cautela, para evitar desgastes desnecessários do Legislativo, diante de uma provável contestação judicial da CPI, uma vez que a definição de preços dos combustíveis segue a lógica do mercado e não a norma de tabelamento de preços. “Para que a gente possa instalar a ‘CPI dos Combustíveis’, a gente tem que se preocupar para que a CPI não se transforme em nada. Que ela não se transforme em pizza. E por isso tanta cautela, tanta prudência, tanto equilíbrio e acima de tudo nós não podemos, num português bem claro, não podemos abrir uma CPI para acabar em pizza. Não podemos abrir uma CPI hoje para que ela seja contestada judicialmente amanhã. Portanto, tudo o que nos move aqui, está dentro do nosso regimento, dentro da legalidade”, explicou Josué. O presidente da ALEAAM disse, ainda, que estava recebendo o relatório da Procuradoria daquela Casa e que iria convocar o colegiado de líderes e a CCJ para deliberar sobre o assunto e definir se a CPI dos Combustíveis vai ser instaurada ou não. “Tudo sem pressão. Sem receber pressão. Não podemos, de forma alguma, abrir algo para acabar em pizza amanhã ou ser questionado na Justiça. Aqui não se recebe pressão. Não adianta plantar notícia em portal, em jornal, na TV. Aqui não há ninguém que não esteja analisando a CPI de forma técnica. Todos nós temos obrigação nesta Casa e temos de analisar, de forma técnica, qualquer pedido de CPI”, explicou. Josué também fez questão de deixar caro que “o mimimi que vai para a imprensa, não vai e não serve de pressão para a Mesa Diretora da ALEAM”. “O que foi divulgado na semana passada, está acontecendo hoje. O que está sendo divulgado hoje, será confirmado nas próximas 24 ou 48 horas. Aqui nós não recebemos pressão. Não adianta fazer pressão para abrir CPI que amanhã pode ser questionada juridicamente. Por isso, muita calma, muita cautela, equilíbrio e acima de tudo técnica jurídica. Nós somos uma casa política, temos o nosso regimento, as nossas leis e temos de ter equilíbrio e a cautela necessária para não darmos um passo maior do que as nossas próprias pernas”, completou.