A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou, nesta terça-feira, 22/8, o seminário “Educação Especial e as interfaces com a Educação Inclusiva”. A ação ocorreu no auditório da sede da Semed, no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul. O evento oportuniza o debate e reflexão sobre a temática, a fim de propor caminhos para a ampliação e qualificação da prática pedagógica relacionada aos estudantes público-alvo da Educação Especial atendidos pela Semed.
Na oportunidade, a secretária municipal de Educação, professora Dulce Almeida, ressaltou que essa gestão avançou nessa modalidade de ensino, sempre destacando o diálogo.
“Hoje, a Educação Especial vive um outro momento, um momento de renovação, de um olhar mais atento e humano para essa modalidade. Mas, é lógico que ainda estamos em busca de muitas soluções que precisam ser equacionadas nesta modalidade e estamos fazendo isso por meio da escuta, da conversa, do diálogo para conseguir resolver isso, porque acreditamos que esse é sempre o melhor caminho. E nós estamos fazendo alguns eventos tratando sobre a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, tratando educação inclusiva, para trazer informações importantes para quem está lá na ponta com os nossos alunos”, frisou Dulce Almeida.
Segundo a gerente de Educação Especial da Semed, Amanda Macanoni, o encontro teve finalidade de promover a formação para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), possibilitando a compreensão da Educação Especial na perspectiva inclusiva, garantindo subsídios para adequação da prática docente nos espaços onde atuam.
“E essa ação reforça a tese que a Educação Especial do município de Manaus jamais será a mesma por causa da gestão do prefeito David Almeida, da nossa secretária Dulce Almeida, que enxergou e está investindo na educação especial na perspectiva de educação inclusiva”, disse Amanda.
Uma das palestrantes foi a psicóloga e especialista em educação especial, Rosemary Rossi. A profissional trabalhou o tema “Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a inclusão escolar”, trazendo conceitos de grandes pensadores da área, além de pontos das pesquisas e estudos feitos ao longo da sua própria trajetória de 34 anos de atuação na área de Educação Especial e inclusiva.
“Nós temos leis que amparam o autismo, o autista dentro da sala de aula. Mas o que a gente precisa ainda? Nós precisamos trabalhar hoje a parte da aprendizagem, da cognição, porque já está provado que o aluno que tenha o TEA também aprende. Então, o que o professor precisa? O professor precisa de informações, estudar e entender o que é o transtorno de espectro autista, o que ele afeta, em qual área cerebral, em qual área de cérebro esse estudante está prejudicado, para que o professor possa criar, elaborar ferramentas, materiais para trabalhar com o estudante que tenha o Transtorno do Espectro Autista”, destacou Rosemary.
O evento envolve cerca de 240 professores, que atuam nas unidades de ensino, na modalidade da Educação Especial, com as turmas de Classe Especial, Salas de Recursos Multifuncionais, Educação de Jovens e Adultos.
De acordo com Raquel Xavier, professora da sala de recurso do Centro Municipal de Educação Especial (Cmei), Caio Carlos, na zona norte, o momento é importante para formação continuada do professor que atua na área da educação especial.
“Acredito que debater esse tema é importante para divulgar mais sobre TEA, porque infelizmente ainda há tabu para se discutir sobre isso é fundamental para trabalhar a formação continuada do professor, porque na graduação o assunto é trabalhado de forma genérica e em poucas horas, acho pouco mais de 100 horas, então é muito pouco, porque há para se aprofundar nessa questão. Então, que aconteçam mais momentos assim”, frisou o educadora Raquel.
Já para o professor, João Lúcio Oliveira, da escola municipal Benjamim Matias, também na zona Norte, a programação propicia a troca de experiência entre os educadores municipais. “Esse seminário é importante para trocarmos experiência e conhecermos a realidade de outros colegas que trabalham com alunos com deficiência para melhorar o nosso fazer pedagógico diário”, disse.
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