O Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), vem dando apoio logístico a famílias de produtores rurais da cidade de Manacapuru (a 68 km distante de Manaus). A assistência é realizada ao longo do ano, principalmente neste período de estiagem. Os beneficiados fazem parte das Feiras de Produtos Regionais realizadas na capital amazonense.
A ação vem sendo executada às sextas-feiras e arrecada cerca de 5 toneladas de alimentos por semana, totalizando 20 toneladas de produtos por mês.
“Por ser área de várzea, os produtores dessa região possuem grande produção. Como eles não possuem transporte e nem apoio logístico da cidade, a ADS dá essa ajuda”, explicou o chefe de departamento de negócios agropecuários e pesqueiros da ADS, Edson Luniere.
Uma das beneficiadas é a produtora rural Eliane Mores, 43 anos, que mora na localidade Costa do Canabuoca I, situada na comunidade Nossa Senhora da Conceição, região rural de Manacapuru, e trabalha nas feiras da ADS há 15 anos. A produtora destaca a importância da ADS no escoamento de sua produção até a feira.
“Estamos tendo muita dificuldade nessa seca. Está muito distante para pegar o barco e carregar os produtos. O barranco está muito alto e o apoio da ADS está sendo fundamental para escoarmos nossa produção até as feiras. Faz duas semanas que eu vendo tudo o que eu trago”, relatou.
Entre os produtos escoados e comercializados pela produtora nas feiras realizadas no Centro Cultural Povos da Amazônia e no Shopping Ponta Negra, estão: maracujá, banana, mamão, macaxeira, milho, jerimum, caju, milho e goiaba.
A produtora rural Nelma Silva, 50 anos, é da localidade Costa do Marrecão 4, situada na comunidade Divino Espírito Santo. Ela relata sobre o apoio da ADS. “A ADS vem ajudando a gente todos esses anos na logística, apoiando com o transporte das mercadorias, principalmente neste momento difícil de estiagem, o que ameniza muito nosso sofrimento”, falou.
Nelma produz banana, macaxeira, jerimum, milho, cacau dentre outros alimentos. A produtora atua na feira realizada no Centro Cultural Povos da Amazônia. “Nesse período de seca, fica tudo muito longe, muito caro e nosso medo é que os barrancos deslizem e a gente perca a nossa produção”, disse.