Estar em relacionamentos longos, com mais de 5 anos, pelo menos, significa fazer menos sexo do que no início do namoro, e ainda que esse assunto não seja tão discutido assim, é difícil encontrar casais que não concordem com essa afirmação.
Um estudo realizado em 2015 na Alemanha analisou a vida sexual de mais de mil casais focando em algumas coisas sobre frequência sexual e, claro, o relacionamento em si, em termos de família, companheirismo e amor.
Os pesquisadores descobriram que logo depois dos 2 primeiros anos da relação, os casais já passam a fazer menos sexo, em média 5 vezes a menos por mês, e que, além disso, os próximos 2 anos também tendem a ser caracterizados por uma queda na frequência sexual.
Entre os fatores que contribuem para a diminuição da libido nesse período estão a gravidez e os primeiros anos da vida de um filho, assim como, claro, momentos difíceis e traumáticos na vida do casal ou de um dos dois, como a perda de um ente querido ou uma doença grave.
O que surpreendeu mesmo foi o fato de que mesmo os eventos conhecidos por proporcionar mais fogo entre os lençóis, como um noivado ou a decisão de morar junto, acabam não tendo esse efeito de aumentar a libido na prática. E, ainda que isso pareça um pouco assustador, a verdade é que a mesma pesquisa também trouxe alguns dados mais animadores sobre relacionamentos monogâmicos duradouros. Ufa!
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A verdade é que, embora a diminuição da frequência sexual seja quase uma regra na vida dos casais, alguns eventos específicos foram reconhecidos como grandes aumentadores de libido: quando as crianças ficam mais velhas, quando se mudam de casa e quando passam a ter seus próprios filhos.
Outra coisa legal que os pesquisadores descobriram foi que as pessoas ficam mais excitadas sexualmente quando enxergam seus parceiros crescendo em outros aspectos da vida, seja aprendendo um novo idioma, ganhando uma promoção no trabalho ou mesmo exercendo seu papel de avô ou avó. Interessante, né?
É lógico que essas informações não querem dizer que as pessoas que ficam juntas por muito tempo simplesmente deixam de fazer sexo ou param de se amar. A questão aqui é a diminuição da frequência sexual e o fato de que os parceiros passam a desempenhar um papel que vai bem além do rala e rola: o de companheiros.
Com o passar dos anos, aquele fogo todo do início da relação dá lugar a sentimentos mais importantes, como o de confiança, suporte, apoio, piadas internas e companheirismo. Todas essas coisas são muito necessárias para que o amor se mantenha vivo e, claro, de tempos em tempos, dependendo de cada casal, o sexo vem para deixar tudo mais íntimo e mais gostoso.
Essa redução na frequência não é nada preocupante, no fim das contas. Não é isso que vai indicar que seu relacionamento está mal. O que vale mesmo é o amor que une vocês dois.