Em fevereiro de 2009, o mergulhador da elite da marinha australiana, Paul de Gelder, realizava um treinamento de rotina no porto de Sidney, quando foi atacado por um tubarão-touro com 2,7 m de comprimento. Retirado da água por companheiros, ele sobreviveu à terrível experiência. No entanto, perdeu parte de um braço e de uma perna.
“Passei muito tempo no hospital, sem nada além de tempo para pensar. Antes do ataque, minha vida era perfeita“, lembrou Gelder, conforme reportado pelo tabloide Daily Star. ”Queria vingança contra a ‘coisa’ que me machucou.”
Mas, após meses de recuperação e uma palestra a qual ministrou em um acampamento para crianças com câncer, o mergulhador começou a transformar seu pensamento. “Sinceramente, sempre tive mais medo de falar em público do que de tubarões“, admitiu. ”Aquelas crianças mudaram tudo. Compartilhar minha história com elas e ver como isso as impactou foi revelador, me fez querer continuar.”
Com isso, Gelder passou a ler livros sobre esses animais: “Quanto mais aprendia, mais me sentia conectado a essas criaturas incompreendidas“, explicou. ”Tubarões são massacrados aos milhões. Não merecem a má reputação que têm. Estão apenas tentando sobreviver, como todos nós.”
O repeito aos predadores aquáticos acabou estendido aos demais bichos. Além de se tornar adepto ao veganismo, Gelder se tornou um convicto defensor dos direitos dos animais. Hoje, aos 47 anos, ele viaja pelo mundo como palestrante motivacional, ambientalista e aventureiro. Inclusive, durante esses compromisso, chegou a mergulhar em águas profundas e ficar cara a cara com diversas espécies de tubarões.
“Ser ‘comido vivo’ mudou o meu corpo. Mas, passar tempo com os tubarões mudou a minha alma”, concluiu.
Fonte: D24am.