O mistério envolvendo Jack, o Estripador, que dura há mais de 130 anos, pode estar prestes a ser resolvido. Descendentes das vítimas do famoso assassino estão pressionando para que um novo inquérito seja realizado sobre a morte de Catherine Eddowes, uma das cinco vítimas de 1888, após surgirem novas evidências ligando o criminoso ao barbeiro polonês Aaron Kosminski.
Kosminski foi um dos principais suspeitos do caso, mas nunca foi preso devido à falta de provas conclusivas. No entanto, um xale manchado de sangue, encontrado no corpo de Eddowes, revelou a presença do DNA tanto da vítima quanto de Kosminski, o que trouxe novos elementos à investigação. O autor e pesquisador Russell Edwards, que comprou o xale em leilão em 2007, foi quem descobriu essa conexão.
Recentemente, Edwards contratou uma equipe jurídica para solicitar um novo inquérito, alegando que há evidências suficientes para reavaliar a morte de Eddowes e apontar Kosminski como o responsável.
A campanha recebeu apoio dos descendentes das vítimas, incluindo Karen Miller, trineta de Eddowes, que forneceu seu DNA, confirmando a relação com o sangue encontrado no xale.
Miller expressou que a busca por justiça não é apenas para dar um nome ao assassino, mas também para dar dignidade às vítimas, que, na época, foram tratadas como simples prostitutas.
“Temos a prova agora, e precisamos desse inquérito para finalmente identificar o assassino de forma legal”, disse ela. A neta de Kosminski, Amanda Poulos, também apoiou a ideia de esclarecer os fatos.
Além disso, o caso conta com o apoio de familiares de outras vítimas do Estripador, como Sue Parlour, parente distante de Mary Ann Nichols, conhecida como Polly.
Ela ressaltou que, apesar de ter ocorrido há muito tempo, o reconhecimento do assassino e a justiça para essas mulheres seria fundamental para trazer algum encerramento para o caso.
Embora o inquérito original tenha concluído com um veredito de homicídio doloso, a investigação de 1888 não conseguiu identificar o assassino.
Dois anos atrás, o Procurador-Geral se recusou a abrir um novo inquérito, alegando que não havia evidências suficientes. No entanto, o advogado Tim Sampson argumenta que as novas descobertas justificam uma reavaliação do caso, alegando que, caso as provas estivessem disponíveis na época, Kosminski poderia ter sido processado pelo assassinato de Eddowes e das outras vítimas.
Se a permissão para um novo inquérito for concedida, o caso será levado à Suprema Corte, onde um juiz analisará as evidências. A legista de East London, Nadia Persaud, indicou que estaria disposta a presidir o inquérito, caso seja instruída a fazê-lo.
Fonte: D24am.