A morte do cantor paraense Gutto Xibatada, aos 39 anos, no dia 22 de abril em Belém, chocou fãs e acendeu um alerta sobre os riscos do vírus monkeypox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, na região Norte do Brasil.
O artista de forró faleceu devido a complicações causadas pela doença, após cerca de um mês enfrentando sintomas que evoluíram gravemente.
Fotos do cantor no hospital, mostrando lesões na pele características da monkeypox, viralizaram nas redes sociais, gerando comoção e preocupação.
Segundo a irmã de Gutto, em declaração dada na sexta-feira (25), o cantor escondia o diagnóstico de amigos e familiares. “Começou a aparecer em pequenos lugares, bem discretamente.
As bolhas acabaram se espalhando e comprometendo a saúde, pois ele era asmático. A doença atacou os pulmões, e ele ficou sem fala, visão e toque.
No último dia, estava muito mal, com o nariz obstruído e a boca, pois já não conseguia mais se alimentar”, relatou, emocionada.
Gutto Xibatada, conhecido por sucessos no cenário do forró paraense, apresentou sintomas por semanas e, durante esse período, viajou para o Rio de Janeiro e a Bahia.
Ao retornar a Belém, buscou atendimento médico, recebeu medicação e foi orientado a permanecer em isolamento.
No entanto, seu quadro se agravou rapidamente, culminando em sua internação e morte.
A divulgação das imagens das lesões do cantor nas redes sociais intensificou o debate sobre a monkeypox na região.
A doença, que pode causar febre, dores musculares e lesões cutâneas, tem preocupado autoridades de saúde, especialmente em áreas com menor acesso a informações e cuidados médicos.
A condição asmática de Gutto foi um fator agravante, destacando a importância do diagnóstico precoce e do isolamento para evitar complicações.
Nas redes sociais, fãs e amigos prestaram homenagens ao artista. “Que Deus dê conforto, Guto está num lugar lindo”, escreveu um seguidor no perfil oficial do cantor.
“De um coração enorme, sentiremos saudades”, lamentou outro.
A morte de Gutto Xibatada reforça a necessidade de conscientização sobre a monkeypox, que, embora menos letal que outras doenças virais, pode ser grave em pacientes com comorbidades.
Autoridades de saúde do Pará ainda não divulgaram dados atualizados sobre casos de monkeypox na região, mas o caso do cantor reacende a urgência de campanhas educativas e monitoramento.
A tragédia serve como um alerta para a população do Norte do Brasil, onde a circulação do vírus pode representar um risco crescente.