A comunidade da Realidade, em Humaitá, recebeu neste sábado (13) a caravana liderada pelos senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga (MDB-AM).
O prefeito Dedei Lobo esteve presente para recepcioná-los. A iniciativa busca chamar a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a necessidade de pavimentação da BR-319, considerada essencial para a integração e o desenvolvimento do Amazonas.
Embate com Marina Silva O senador Omar Aziz relembrou debates anteriores com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e voltou a criticá-la pela lentidão em liberar projetos de infraestrutura.
“A senhora está atrapalhando o desenvolvimento do País, eu lhe digo isso com a maior naturalidade do mundo. A senhora atrapalha o desenvolvimento do nosso País. Tem mais de cinco mil obras paradas por causa dessa conversinha, governança, nhem nhem nhem, blá blá blá“, afirmou o senador.
Aziz também reforçou o desejo dos amazonenses em ter acesso à estrada. “Eu moro na Amazônia. Eu moro lá.
A gente quer, sim, a BR-319, ministra, para passear, como a senhora disse.
Queremos, sim! Nós temos o direito de passear na BR-319, e não é a senhora que não vai permitir que a gente passeie na BR-319.
Nós, amazonenses, queremos ter o direito de passear na BR-319.
A senhora passeia na Avenida Paulista hoje, e nós queremos passear na BR-319″, disse. Braga: “Amazonas não pode ser punido por preservar” O senador Eduardo Braga também reforçou a cobrança ao governo federal. Segundo ele, o Estado é prejudicado pela ausência de uma rodovia trafegável em todas as épocas do ano.
“Fiz uma carta ao presidente Lula e disse: não é possível que o Estado com 97% da sua floresta primária preservada seja punido por justamente ser preservado.
O Ministério do Meio Ambiente, com sua visão retrógrada, ultrapassada e ideológica, impede que a Amazônia se desenvolva”, declarou.
Trecho crítico continua sem asfalto O trecho central da BR-319, com cerca de 400 quilômetros, segue sem pavimentação.
Durante o inverno amazônico, a via se torna quase intrafegável, dificultando o abastecimento e a logística do Estado.
Braga lembrou que, na pandemia de Covid-19, a ausência de acesso terrestre agravou os problemas enfrentados pela população.