Dois brasileiros foram presos no último sábado (11) na Flórida, acusados de planejar um atentado terrorista contra o Chabad of South Orlando, uma sinagoga e escola judaica dirigida pelo rabino Yosef Konikov e sua esposa, Chani Konikov.
A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre o FBI e a polícia estadual da Flórida, que interceptaram o casal em quartos de hotel na região de Orlando.
Os suspeitos foram identificados como Janaina Toledo, de 32 anos, e Leonardo Corona Ramos, de 42.
Segundo as autoridades, ambos estavam nos Estados Unidos de forma ilegal e seriam ligados ao Tren de Aragua, organização criminosa de origem venezuelana conhecida por práticas de extorsão, sequestro e assassinatos por encomenda em diversos países da América Latina.
De acordo com fontes policiais, os dois já haviam realizado monitoramento e reconhecimento do local alvo e estavam em fase avançada de preparação para o ataque.
Na operação, os agentes apreenderam documentos falsos, equipamentos de comunicação criptografada e dispositivos eletrônicos, que agora passam por perícia. Informações preliminares indicam que o caso ganhou força após o Project Veritas, um grupo independente de jornalismo investigativo, fornecer dados e comunicações que ligariam o casal ao Tren de Aragua.
As autoridades acreditam que a denúncia evitou uma tragédia de grandes proporções em solo americano.
Mensagens obtidas pela investigação mostram o nível de planejamento e o teor de ódio que motivavam os suspeitos.
Em uma das trocas de mensagens, Ramos teria afirmado: “Visitei o Chabad, tenho uma boa visão do local e vai funcionar. Acho que seis explosivos serão suficientes.”
“Precisamos planejar para a próxima sexta-feira — hoje ainda não estamos prontos.” “Não acredito que estamos tão perto de eliminar esses malditos judeus.”
Os dois permanecem detidos na prisão do Condado de Orange, sob acusações federais de terrorismo e tráfico, e aguardam audiência judicial.
As autoridades americanas seguem investigando a possível presença de células do Tren de Aragua no país e a conexão da quadrilha com redes de imigração ilegal usadas para infiltrar membros e financiar suas atividades.
O caso reacende o alerta sobre a atuação de organizações transnacionais que exploram fronteiras abertas e falhas no sistema migratório para promover terrorismo e violência ideológica.
Com informações do Brazilian Times e Record TV