EFEITOS DO CETICISMO CULTURAL
Muitos seguem padrões ou estilo de vida embasada em diretrizes culturais e muitas destas culturas não agregam os valores necessários para uma vida baseada em princípios judaico-cristãos. O ser humano é dotado de ideologias e cosmovisões que irão direcionar sua vida. A formação dessas ideologias se dá ainda na infância quando a noção de certo e errado é transmitida a essa criança pela família, pela escola, pelo grupo religioso e principalmente pelo uso das tecnologias. O conjunto de valores intrínsecos a pessoa, somados a cultura local reflete a formação de conceitos de moral e ética na vida humana. Os valores fixados em um sujeito estarão refletindo em sua forma de observar o mundo e de conviver em sociedade, a convivência e o respeito à pluralidade estarão sempre entrelaçadas aos valores morais de cada indivíduo e consequentemente daquele grupo social. Tanto a noção de certo e errado, como o conjunto de valores éticos e morais são restritos a estes tais grupos e, sobretudo as influências que os mesmos recebem; podemos dizer que três pilares básicos, em alguns casos, podendo haver outras variáveis, sustentam a formação desses valores: a religião, a cultura e a economia. Estes conceitos são passados de geração para geração e irão sofrer modificação de acordo com a mudança de paradigma por qualquer um dos pilares que sustentam todo o sistema. A cultura judaico-cristã trouxe uma novidade para a sua época: a lei divina. Todo o conjunto de valores está pautado agora numa concepção sobrenatural, isso permite maior aceitação a este conjunto de mandamentos que servirão de pilar central a formação de valores naquela cultura. O conceito judaico-cristão revela um indivíduo valorizado e que possui direitos subjetivos e de dignidade. O ser humano, no padrão filosófico estabelecido pela corrente judaico-cristã, foi criado a imagem e semelhança de Deus, e agora este é o centro social, e as normas devem ser geradas e criadas na tentativa de atender à necessidade humana. Numa sociedade influenciada pelo modelo judaico-cristão é notável o papel desempenhado e a posição que a dignidade humana se encontra, destacando-se no núcleo central do estado democrático de direito, a valorização da família, o respeito mútuo e a fé em um Deus invisível. É notório que ao longo dos séculos a humanidade vem sendo bombardeada com diversos conceitos e estes quando absorvidos servem como base para o estilo de vida individual ou coletivo das pessoas, por isso, existem várias correntes religiosas e filosóficas, que por sua vez, nutrem a conduta individual ou coletiva de vários povos do mundo. Uma das correntes é o ceticismo, esses argumentam que não é possível afirmar sobre a verdade absoluta de nada, é preciso estar em constante questionamento, especialmente em relação aos fenômenos metafísicos, religiosos e dogmáticos. Tal conceito vai contrariar deliberadamente o seguimento judaico-cristão que ensina a prática da fé em um Deus invisível que trouxe a existência, o mundo e tudo que nele há. O termo ateísmo, proveniente do grego clássico significa “sem Deus”, isso vem sendo difundido e praticado desde o século XVIII e hoje é cada vez maior o número de pessoas que se declaram sem religião e sem Deus, essa lacuna abre espaço para difusão de várias doutrinas maléficas desprovidas da ortodoxia cristã. Aleyster Crowley, um dos mais famosos e influentes ocultistas de todos os tempos, exteriorizou os ensinos do diabo na seguinte frase: “Faze o que tu quiseres; é o resumo de toda lei”. O fundador da igreja do diabo, Anthony Lavey, assim resumiu a doutrina maligna: “A adoração do diabo é nada mais do que a adoração do ego, cada um é seu próprio deus”, essa frase reflete com intensidade os comportamentos das gerações de hoje, pois o orgulho, o ego e a soberba estão em voga no seio da sociedade moderna, trata-se de uma geração imediatista gananciosa, sem fé, sem Deus e sem esperança, pois sem Deus não há vida e assim o diabo reina nos corações, por isso, o mundo vai de mal a pior.
José de Arimatea Moreira Viana