O vereador Chico Preto criticou as recentes falas do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), acerca da Amazônia e declarou que elas se alinham com o discurso de internacionalização da região pregada pelo presidente da França, Emmanuel Macron. De acordo com o parlamentar, os amazônidas são referência de preservação do meio ambiente e deveriam ser reconhecidos e não criticados.
O vereador recordou que durante o 1º Fórum das Cidades Amazônicas, realizado em Manaus na semana passada, Arthur Virgílio externou que gostaria que o dia 5 de setembro fosse reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Amazônia.
“Me chama atenção sobremodo a declaração sobre o dia 5 de setembro, dia esse que para nós representa a independência quando o Amazonas se desvinculou da província do Grão-Pará. Tornar o dia 5 de setembro como o Dia Internacional da Amazônia é fazer o caminho inverso. Nós não precisamos que a ONU reconheça o dia 5 de setembro como o Dia da Amazônia”, afirmou Chico Preto lembrando que a data já existe e foi criada pela Lei 11.621/2007, sancionada pelo ex-presidente Lula.
Na avaliação de Chico Preto, discursos como este são nocivos à soberania nacional.
“Nós não precisamos recorrer à ONU para que ela reconheça a importância da Amazônia. Esse comportamento e esse discurso entreguista de internacionalização da Amazônia é nocivo para a soberania nacional, que caminha noutro rumo. Nós não precisamos da ONU, da comunidade internacional, não precisamos do G-7, nós não precisamos lacrar para colocar a Amazônia no seu devido lugar”, destacou.
Por fim, o vereador disse que antes de discursar sobre o meio ambiente, o prefeito de Manaus deveria fomentar políticas públicas ambientais na cidade.
“Manaus é a segunda pior do país em arborização. Manaus é a pior terceira capital em saneamento básico. Manaus está entre as cinco capitais com pior índice de bem-estar urbano e Manaus é a pior capital do país para andar de bicicleta. Mais do que discurso, a Prefeitura de Manaus precisa fazer o dever de casa, e esse é confrontar essa realidade de déficit na política de sustentabilidade e meio ambiente”, concluiu o vereador.
FOTO: ALCIDES NETTO