Mais de vinte mil metros cúbicos de barro e duzentos metros de tubulação estão sendo utilizados para conter a erosão que ameaçava moradores do conjunto Vila Real, na zona Norte da cidade. Os riscos também atingiam moradores do Riacho Doce 2, localizado na parte baixa de uma cratera de aproximadamente 12 metros de profundidade. Hoje, a rua 8 e a rua 15, do Vila Real, que chegaram a ser parcialmente destruídas pela erosão, já estão com asfalto de primeira qualidade, sarjetas elevadas e caixas para evasão de águas pluviais.
“Hoje, nós entregamos essa parte do asfaltamento, mas nós prevemos, para resolver a questão do aterramento, pelo menos 20 mil metros cúbicos de barro. Temos mais sete caixas coletoras implantadas e 200 metros de drenagem profunda. Foi um trabalho de saneamento básico de fôlego e mostra que essa é realmente uma prioridade nossa”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto, que esteve na obra no início da tarde desta segunda-feira, 21/1, para acompanhar a conclusão dos trabalhos nas ruas 8 e 15 e a continuidade do aterramento.
O prefeito destacou, ainda, que o trabalho realizado pela Prefeitura de Manaus, dotando a cidade de uma rede de drenagem profunda mais ampla está dando resultados qualitativos à vida urbana. “Manaus está se tornando cada dia mais resiliente. Hoje, por exemplo, choveu durante toda a manhã e as obras de drenagem e dragagem de igarapés que estamos realizando em toda a cidade são garantias de que podemos aguentar a chuva, sem maiores problemas”, afirmou, acrescentando que trabalhar a drenagem embaixo da terra é dar garantia de saúde e qualidade de vida, em cima dela.
Os problemas nas duas comunidades começaram há algum tempo, mas em março do ano passado, por conta de uma lixeira viciada e constantes chuvas, os desabamentos e a erosão se intensificaram e chegaram a atingir parte das vias. Desde que os trabalhos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) foram iniciados, no ano passado, mais de duzentos metros de tubulação foram implantados para as obras de drenagem profunda, além de sete caixas para evasão de águas pluviais e a recuperação total das ruas.
Ainda é necessário continuar com o trabalho de aterramento, reduzindo e nivelando a cratera, com a implantação de cinco platores. As máquinas continuam trabalhando na terraplanagem e aterro. Mais de 10 mil metros cúbicos de barro já foram utilizados e ainda devem ser utilizados outros 10 mil até o final da obra. “A erosão ainda está grande, mas já foi estabilizada e não há mais risco de desabamento. O sistema de drenagem está sendo finalizado, mas ainda temos muita coisa para o aterro, ainda”, afirmou o secretário da Seminf, Kelton Aguiar.
Para os moradores, a conclusão desta etapa da obra é motivo de tranquilidade e segurança. “O prefeito atendeu o nosso apelo e, graças a Deus, está concluindo a obra, para a nossa tranquilidade”, disse Sidney Mamed, morador da rua 8.
Texto: Jacira Oliveira/ Semcom