Com a missão de fortalecer o turismo amazonense, a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) vem mapeando os municípios do estado e traçando estratégias para serem implementadas ao longo da gestão. Nos meses de janeiro e fevereiro, o órgão recebeu gestores de 16 prefeituras do estado, de olho no potencial turístico de cada cidade.
Na tarde da última quinta-feira (22/02), a presidente da Amazonastur, Roselene Medeiros, reuniu-se com o secretário de Turismo e Cultura de Humaitá, Ronald Nogueira, que busca firmar uma parceria com a pasta na promoção turística da cidade, bem como elevar o turismo na região fronteiriça com Rondônia.
De acordo com Roselene Medeiros, Humaitá, por ser referência na agricultura e ser cortada por duas BRs (319 e 230), recebe um grande número de visitantes anualmente, sobretudo com as exposições ligadas ao setor primário. Ela informou que não descarta a possibilidade da implantação de um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) com uma Central de Artesanato.
“No primeiro semestre, eles vão se organizar, e, a partir do segundo semestre, a Amazonastur entra com o apoio técnico para a gente começar a planejar a cidade como destino. Podemos viabilizar a criação de um CAT com uma central de artesanato, sobretudo pelo fluxo de pessoas que passam pela cidade, em virtude das duas BRs cortando a cidade. E eles (prefeitura) sentem a necessidade de ter esse centro de atendimento. Vamos ajudar ainda na questão promocional da cidade e dizer o que o visitante pode fazer, qual o serviço turístico que a cidade oferece, além do mapa turístico da cidade”, comentou a presidente Roselene.
Pesca esportiva – Ronald Nogueira informou que Humaitá tem potencial turístico relacionado à pesca esportiva, que é explorado por comunidades indígenas, bem como as praias ao longo do rio Madeira. Na visita à Amazonastur, ele entregou uma lista com os projetos para o município.
“Humaitá está dentro do mapa turístico nacional, e um dos município a ir pela BR, ele fica a 200km de Porto Velho e a estrada é perfeita. Por isso, atraímos muitos visitantes, que vem visitar a cidade, pelo fácil acesso. Temos um centro histórico fincado na época áurea da borracha, as praias, como a do Ipuxina, que fica na região do rio madeira. E por ser Polo do Madeira, acaba sendo referência dos municípios que estão no entorno”, comentou o secretário, que pediu apoio na sinalização turística da cidade, viabilização de cursos técnicos, produção de material promocional, e a criação de um CAT.
Turismo no interior – De acordo com a diretora de Turismo da Amazonastur, Denise Bezerra, o órgão tem recebido todos os municípios que buscam fortalecer o setor em suas regiões, e traça um mapeamento para potencializar, juntamente com os parceiros, cada cidade. “A gente tem uma lista de cidades que a Amazonastur vai implementar um projeto que está sendo desenvolvido, em paralelo com os municípios que nos procuram pedindo ajuda, parceria. Temos um estado riquíssimo em beleza natural, e nós estamos focados em potencializar esse turismo”, disse Denise.
A diretora explicou que Humaitá receberá uma equipe da Amazonastur no segundo semestre para serem levantadas todas as informações relacionadas ao turismo na região. “Faremos um diagnóstico e inventário para ver qual o turismo potencial, e trabalhar a capacitação, cooperativismo, fazer a sinalização turística da cidade, tentar desenvolver o turismo de base comunitária. Em Humaitá tem a exposição de agropecuária. Além da tradição de rodeio, que é muito concorrido”, declarou a diretora.
Segundo ela, no “no Rio Marmelos – uma Área de Proteção Ambiental (APA), é praticada a pesca esportiva, por comunidades indígenas. As lideranças estão operando e trazendo esses pescadores. Precisamos conhecer, como está se dando essa atividade, e se está trazendo mesmo benefício para a comunidade”.
FOTOS: CLÓVIS MIRANDA/AMAZONASTUR