Um novo roteiro turístico amazonense foi apresentado, nesta segunda-feira (25/02), à diretoria da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur). O presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), Marivelton Barroso, exibiu os projetos desenvolvidos e executados pelas comunidades indígenas da Calha do Alto Rio Negro, que formam o Circuito de Turismo Indígena do Rio Negro, atraindo visitantes nacionais e estrangeiros anualmente.
A diretora de Desenvolvimento de Turismo da Amazonastur, Denise Bezerra, destacou que o circuito indígena é um novo produto a ser explorado na captação de novos visitantes, amantes do etnoturismo, pesca esportiva e turismo de aventura.
“Eles têm, de forma organizada, todo um projeto, que já está em execução. Um excelente produto para ser explorado e vendido, além de apresentar o conhecimento que eles têm de uma maneira didática, porque o produto é uma imersão na comunidade. Eles oferecem os passeios e as hospedagens na própria comunidade, no próprio ambiente dos indígenas. Sem dúvida é um novo produto que nós pretendemos trabalhar naquela região. Nós temos de procurar caminhos na lei, que é para poder cadastrar (as comunidades) e colocar no padrão”, analisou Denise.
De acordo com Marivelton Barroso, a federação visa uma parceria com a Amazonastur para que o Circuito de Turismo ganhe mais visibilidade e se torne um novo produto promocional do Amazonas. “Acaba sendo uma pauta nova, hoje, a se incorporar também e que deve ser abraçada como uma política de estado. A Amazonastur tem o papel fundamental, sendo uma instituição representativa da pauta no Estado do Amazonas. Então, poder ter uma parceria conjunta nisso. Só vem a nos fortalecer e vice-versa. Também representa um marketing maior ao próprio estado”, explica o presidente da Foirn.
Marivelton Barroso informou que o circuito é praticado pelos próprios indígenas, gerando renda nas comunidades, sobretudo protegendo o meio ambiente e evitando a degradação naquela região. “O que a gente quer, acima de tudo, é ter essas iniciativas com diversas escolhas, para que você possa frequentar. As organizações indígenas de base têm praticamente contribuído com a gestão ambiental e territorial”, disse Barroso.
Roteiro – Segundo o presidente da Foirn, o visitante que optar por conhecer a região do Alto Rio Negro poderá realizar trilhas, pescaria esportiva, entre outros. “Temos o turismo de base comunitária no rio Marié, próxima a São Gabriel de Cachoeira; as Serras Guerreiras de Tapuruquara, próximas a Santa Izabel do Rio Negro, onde você pode desfrutar por caminhar nas trilhas, subir as serras e também, muito próximo dali, no Jurubaixi e Inuixi, o turismo de base comunitária nos moldes do rio Marié, com pesque e solte. Então, cada uma tem sua especificidade”, finalizou.
FOTOS: Clóvis Miranda