Emenda proposta por Mayara prevê que se houver superávit na arrecadação, 10% serão destinados às cidades com hospitais sucateadosPor Warnoldo Maia de Freitas A mensagem do governo sobre o remanejamento de R$ 350 milhões do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura (FTI) para socorrer a área da saúde deve voltar à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) na segunda-feira, 18, devidamente ajustada, para atender as necessidades da capital, que ficará com R$ 298 milhões, e de 11 municípios de gestão plena, que vão dividir R$ 52 milhões. Neste primeiro momento, de acordo com a minuta do Projeto de Lei que repassa recursos do FTI para a Susam quitar dívidas com as cooperativas médicas e à aquisição de equipamentos e materiais permanentes, deverão ser contemplados Benjamin Constant, Fonte Boa, Borba, Humaitá, Presidente Figueiredo, Tefé, Coari, Manacapuru, Maués, Parintins e Itacoatiara. Consenso O consenso em torno da repartição do bolo foi atingido na tarde desta sexta-feira, 15, durante uma reunião na ALEAM, com a participação da vice-presidente da Casa, Alessandra Campelo (MDB), da presidente da Comissão de Saúde, Mayara Pinheiro (PP), do Dr. Gomes (PRP), do líder da base Carlos Bessa (PV), de Serafim Corrêa (PSB) e do secretário de Fazenda, Alex Del Giglio. “Os irmãos do interior não poderiam ficar desassistidos. É importante lembrar que na semana passada o projeto retornou ao Governo por não atender às necessidades da saúde do Amazonas. Nós sempre falamos que só íamos aprovar se o resultado fosse bom para a população”, destacou Mayara. De acordo com Mayara, do orçamento total previsto para o Fundo, que é de R$ 874 milhões para este exercício, R$ 350 milhões ou 40% serão distribuídos para a área da saúde. “Esse é apenas o primeiro passo e sinaliza um investimento para o interior. Eu não me esqueci dos moradores dos outros municípios. É óbvio que existe uma escassez de recursos. Por isso, pedi para acrescentar no projeto que se houver um superávit na arrecadação, 10% serão destinados a estas cidades com hospitais sucateados, falta de equipamentos, entre outros problemas”, completou.