Em matéria publicada pelo Radar da Veja, que apresenta uma planilha de pagamento de funcionários do escritório do advogado Tacla Duran, Rosângela Moro, esposa do juiz Sérgio Moro, teria recebido repasse de valores do escritório do advogado que era, na verdade, doleiro da Odebrecht. Duran, é considerado foragido e foi justamente Moro que pediu sua prisão. Talvez, não por acaso, uma vez que Tacla Duran havia denunciado o ex-sócio e padrinho de casamento de Rosangela Moro, por compra de sentença na Lava Jato.
Recentemente, Moro tentou explicar fato justificando que sua esposa não recebia pagamento que seriam sócios apenas no compartilhamento da infraestrutura do escritório. Com isso, acabou caindo em contradição, já que o juiz já havia dito em entrevista à Conjur que a sociedade era justamente o contrário, apenas para compartilhamento de honorários.
Na tentativa de justificar e não ser considerado impedido no passado, gerou a prova de hoje. Então, a pergunta que fica é: “Por que o MPF, que teve acesso a todos os documentos do sigilo fiscal de Duran, não usou a lista de pagamentos para pedir o afastamento e acusar Moro?”
O que acabou de acontecer, foi o vazamento dessa planilha da Receita Federal de pagamentos dos funcionários do escritório de Tacla Duran contando um pagamento à esposa de Moro. Ou seja, corroborando para de Duran, que foi cobrado e pagou por redução de pena.
Ou seja, Duran é acusado de recebimento de valores para amenizar e até mesmo inocentar réus na Lava Jato. Moro, juiz da operação, teria que ter recebido valores de alguma forma. Rosângela, esposa do juiz, era sócia do escritório de Zucolotto e recebeu pagamentos, é o que diz a planilha de Duran da Receita Federal publicada na veja. Com isso, além da contradição já verificada anteriormente, surge a primeira prova material de um possível crime.