Durante coletiva de imprensa, na manhã desta sexta (19), a Polícia Federal informou que o senador Omar Aziz não foi preso na Operação Vertex, mas continua sendo investigado por corrupção ativa, favorecimento ilícito e lavagem de dinheiro. Entre as medidas executadas pela Justiça Federal está a proibição de viagens para o exterior. Ele também está proibido de falar com os demais investigados, entre eles a esposa Nejmi Aziz e os irmãos Murad, Amin e Mansour Aziz.
Os suspeitos foram presos em cumprimento de mandados de prisão preventiva. Amigos e funcionários dos Aziz também estão sendo investigados por favorecer a lavagem de dinheiro. Imóveis e carros de luxo foram bloqueados e apreendidos pela investigação, totalizando quase R$ 100 milhões em bens.
A investigação apontou que Omar, quando ainda era governador do Amazonas, deu início ao esquema criminosa que desvio milhões da saúde pública do Estado. A organização criminosa que se instalou com a criação do Instituto Maus Caminhos, coordenado pelo médico Mouhamad Mustafa, foi depois assumida pelo ex-governador cassado José Melo, que foi vice de Omar no governo.
Segundo a PF, para receber o dinheiro do esquema, a família Aziz emitia notas falsas e serviços com preços acima do utilizado no mercado, entre eles aluguéis de equipamentos e imóveis. Há também a venda superfaturada de terrenos. A investigação está em tramitação na 1 instância depois do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Dias Toffoli, entender que o crime foi realizado quando Omar ainda era governador – quando ainda não possuía o foro privilegiado do cargo de senador que ocupa atualmente.