Ana Flávia Gonçalves disse em depoimento à polícia que foi ao posto de combustíveis com um dos comparsas do crime que matou a própria família dela no ABC paulista para comprar a gasolina utilizada na queima dos corpos.
O Fantástico disse que obteve com exclusividade neste domingo (9) alguns trechos dos depoimentos prestados nas últimas duas semanas pelos 4 presos suspeitos de participar do assassinato de uma família em São Bernardo do Campo. Um quinto suspeito continua foragido.
No dia 27 de janeiro, o casal de empresários Romuyuki e Flaviana Gonçalves e o filho, Juan, de 15 anos, foram mortos e depois queimados dentro do carro da família, na região do ABC. A filha do casal, Anaflávia, e a namorada dela, Carina Ramos, foram presas dois dias depois e acusadas pela polícia de participação no crime. Na quarta-feira (5), elas confessaram o assalto, mas negaram a autoria dos assassinatos.
Durante os 40 minutos em que foi interrogada, Anaflávia não se emocionou, não demonstrou arrependimento, nem chorou. Ela disse que houve um impasse sobre o local em que os corpos seriam carbonizados.
“Eles falaram: vai ser onde? No Montanhão? No Sertãozinho ou no Montanhão? Vamos queimar o carro’. A Carina falou: ‘você está louco? Não vai queimar o carro’”, relatou Anaflávia. “Eu fui no posto com o Jonathan. Ele abasteceu o carro, encheu um galão de gasolina”.
Anaflávia ainda demonstrou à polícia ter se preocupado com ferimentos de Jonathan durante o incêndio. “Deu a explosão, ele se queimou inteiro, ficou todo queimado mesmo, queimou cílios, queimou bigode, queimou bem o cabelo, o peito queimou. A gente voltou correndo para casa e a Carina o acalmou. No outro dia ele ficou dormindo e eu saí pra trabalhar normalmente”, completou.
Fonte: Chumbo grosso