Durante reunião com ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, realizada na tarde desta terça-feira (11), em Brasília, o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos/AM), juntamente com o governador do Amazonas, Wilson Lima, e o secretário de Segurança, Coronel Bonates, falaram sobre a guerra entre facções criminosas que atuam no estado e receberam apoio do Governo Federal que deverá ampliar a atenção nas fronteiras.
Na noite desta segunda-feira (10), a população amazonense foi surpreendida por fogos de artifício em todas as zonas da cidade usados para sinalizar disputa por territórios. O deputado é presidente da Frente Parlamentar Mista de Desenvolvimento Estratégico do Sistema Penitenciário, Segurança Pública e Combate ao Narcotráfico.
Durante a reunião, a comitiva explicou ao ministro as ações de combate ao tráfico de drogas que estão sendo realizadas na capital amazonense. Alberto Neto reforçou a importância de que as estratégias de repressão ao crime organizado federais e estaduais sejam realizadas em conjunto e estejam bem alinhadas.
Por dia são apreendias em média sete armas nas áreas de fronteira do Amazonas. No total, 313 armas de fogo foram apreendidas em 2020. Mais de 20 toneladas de entorpecentes também foram apreendidas pelas forças de segurança que atuam na fronteira. Além disso, a Polícia Militar reforçou o policiamento ostensivo nas ruas por meio da Ação Guardião e varreduras estão sendo feitas dentro dos presídios. Visitas nas unidades prisionais foram suspensas.
“O governo Bolsonaro tem feito algo histórico que é conseguir reduzir os índices de homicídios em todo país. A bancada da Amazônia precisa estreitar mais os laços com o Ministério da Segurança Pública porque protegendo as nossas fronteiras nós teremos impacto em todo país e é obrigação do governo federal. Hoje, nós pedimos apoio as ações nas fronteiras”, contou.
A bancada pediu colaboração do Governo Federal para o funcionamento da Base Arpão – base fluvial que será usada no combate ao narcotráfico nas áreas fronteiriças do Brasil, atuando nos rios e afluentes do Amazonas. Outra base, Anzol, está desativada, mas será o projeto de reestruturação está sendo concluído conforme foi informado na reunião.
“No interior e os rios são usados como rotas para a entrada de drogas no país. Uma fiscalização fraca fomenta o narcotráfico, então tendo uma polícia forte e estruturada nas áreas de fronteira conseguiremos vencer essa luta contra o crime organizado em todo país, principalmente, na nossa cidade de Manaus. A população tem sofrido e visto os integrantes de facções se matarem por domínio do tráfico. O estado precisa ter uma atuação mais severa”, disse.
Fogos em Manaus – Fogos de artifício foram vistos em todas as zonas da cidade de Manaus na noite desta segunda-feira (10). Além disso, vídeos de integrantes de facções criminosas soltando os sinalizadores, expondo armas de fogo e pichando muros viralizaram na internet.
A população ficou preocupada com a guerra entre facções criminosas que atuam na cidade. Isso porque, os fogos são utilizados pelos bandidos para sinalizar o domínio por bocas de fumo na cidade.
Alberto Neto fez uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook para explicar para população as causas dessa disputa por territórios em Manaus. Muitas pessoas enviaram vídeos de suas comunidades pedindo apoio do parlamentar.
“O Amazonas está localizado bem ao lado dos maiores produtores de drogas do mundo: Peru e Colômbia. E Manaus está no meio da rota para escoar os entorpecentes para outros países.
“Drogas como cocaína e skunk são produzidas em escala nesses países e eles utilizam o Brasil como uma passagem para levar os materiais ilícitos para outros países. Por isso, é tão importante para eles terem o domínio da nossa cidade. Tínhamos bases fluviais, mas está desestruturada e sem funcionamento”, explicou.
O deputado explicou que o governo do Estado está implantando uma nova base fluvial que deverá atuar no combate ao narcotráfico nas fronteiras. “O primeiro combate nas facções criminosas no estado tem que ser nas fronteiras e tem como combater. A droga não tem como ser levada pela floresta, precisamos impedir que ela seja carregada pelos rios da Amazônia”, disse.