O empresário acabou preso em flagrante por policiais militares, porém foi solto em audiência de custódia para responder ao processo em liberdade.
Na noite da última quarta-feira (12), Camila Santana de Lima, de 19 anos, denunciou à polícia ter sido agredida e quase violentada sexualmente pelo seu ex-patrão, identificado como Wellington Vegas, de 38 anos, dono da barbearia The Pub, localizada na avenida Rio Mar, conjunto Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul de Manaus.
Segundo relatos da vítima, a agressão e a tentativa de abuso sexual aconteceram após o expediente. “Os horários da barbearia sempre se estendiam e nunca tinha acontecido nada. Na noite de quarta-feira, no fechamento da loja, ele tentou ficar comigo, manter relações, me violentou. Como eu neguei, lutamos. Ele tirou minha roupa, não houve consumação do ato caral, pois eu resisti”, disse a jovem.
Camila, que era funcionária da barbearia, contou que manteve relações durante duas semanas com Wellington no seu primeiro mês e o homem não demonstrava indícios de agressividade.
“Nos relacionamos foi durante mais ou menos duas semanas, mas se encerrou. Ele impôs a condição de que eu só iria trabalhar ali se mantivéssemos a relação, então fui desligada da empresa. Dias depois, ele me mandou uma mensagem dizendo que me queria de volta como profissional. Ele precisava dos meus serviços e eu do dinheiro, então voltei. A partir daquele momento era só relacionamento profissional”, comentou Camila.
O suspeito foi preso em flagrante. A equipe da 22ª Companhia Interativa Comunitária (CICOM) foi acionada por uma amiga de Camila, que conseguiu enviar uma mensagem por meio de redes sociais em um momento de distração do suspeito.
“Quando a PM havia chegado ao local, Camila saiu correndo do estabelecimento e gritou por socorro”, relatou a delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).
O empresário nega o ocorrido. Wellington foi levado à audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch Reis, localizado na Zona Sul de Manaus, mas foi liberado para responder ao processo em liberdade. A DECCM dará continuidade às investigações.
“Nós estamos fazendo todas as diligências legais cabíveis, colhendo todo tipo de materialidade para que o juiz saiba a melhor forma de julgar sobre o processo. Nós temos 30 dias após o flagrante ser lavrado para fazer a colheita das provas”, ressaltou a delegada.
Camila criou um perfil no Instagram (@justicaporcamila) para ajudar, dar apoio e incentivar outras meninas, que passam por situação parecida, a terem coragem para denunciar crimes de abuso. Na biografia, ela colocou a frase “Fale agora ou podem lhe calar para sempre! ”.
Fonte: Em tempo