A direção da Cadeia Pública Milton Dias Moreira, que fica localizada na Baixada Fluminense, comunicou ao Serviço de Administração Penitenciária do governo Witzel informando a suspeita de quatro casos de coronavírus em detentos.
Nesse ínterim o governo Witzel determinou que os presos fossem isolados, mas permanecessem dentro da cadeia mais superlotada do Rio de Janeiro.
Os presos foram atendidos no hospital e voltaram para a prisão que, segundo informações o Infopen, não tem salas de observação.
A principal preocupação com as prisões brasileiras são hiperlotadas, insalubres, têm déficit de equipes de saúde. Agora, essa população, que já vive empilhada sob uma bomba de doenças infecto-contagiosas, se tornou a de maior risco para a disseminação da covid-19.
Por conta da pandemia os Estados Unidos a Europa, diversas cidades do mundo tomaram decisões rápidas para conter a infecção nos presídios.
A Europa, diversas cidades do mundo tomaram decisões rápidas para conter a infecção nos presídios.
Em Ohio, nos EUA, o juiz Brendan Sheehan seguiu a mesma lógica. Ele relatou à Fox News que, como alguns detentos já tem a saúde fragilizada, não demoraria muito para que o vírus se espalhasse atrás das grades. Mas o juiz fez questão de explicar que não é só abrir as portas.
Explicou que “os presos podem se declarar culpados e ser libertados. Ou seja, colocados em prisão domiciliar”. Sem sistema único de saúde gratuito e com grande parcela da população sem acesso a planos suplementares, os EUA têm um grande desafio. Já há mais de 3 mil infectados no país e mais de 60 pessoas morreram.
Fonte: The intercept