A bebê de seis meses que foi vítima de agressões supostamente praticadas pelos próprios pais e que estava internada no Hospital Materno Infantil (HMI) desde o último dia 5 de março morreu na manhã desta terça-feira (10). A informação foi confirmada pela assessoria do HMI. O pai, de 24 anos, e a mãe, de 18, seguem detidos.
Ainda de acordo com nota encaminhada pelo HMI, a criança estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UTI) Pediátrica da unidade em estado gravíssimo (veja a nota completa no final do texto). Laudo prévio feito pelo Instituto Médico Legal (IML) constatou 12 fraturas em várias partes do corpo da neném, além de marcas de queimaduras e lesões mais antigas e recentes.
Entre as descrições do documento, destaca-se o seguinte: “hematomas craniano, dorso em membros (…); múltiplas fraturas de ossos (…), costelas em várias fases de evolução (agressões repetidas); múltiplas lesões de queimaduras em várias fases de evolução (…) (tortura em meio cruel).”
Investigações
Segundo a delegada à frente do caso, Renata Vieira, a morte da criança não interfere no andamento das investigações, mas muda o indiciamento dos suspeitos. Agora eles responderão por homicídio. Além disso, a delegada destaca que a avó materna já saiu do Maranhão para Goiânia para retirar o corpo da criança do hospital.
“Quem pode tirar é um parente de primeiro grau. Poderíamos ir no presídio e pedir uma autorização para os pais ou trazê-los até no hospital. Mas vamos atender o pedido da avô para que ela mesma retire a neta do hospital e enterre-a em Trindade”, pontua Renata.
De acordo com a investigadora, alguns vizinhos já foram ouvidos e relataram que frequentemente eram ouvidos brigas, pancadas e choro de criança na casa. Além disse, um deles chegou a pedir a bebê para ser criado por ele, mas a mãe negou em dar a criança e dizia que “amava a filha”.
“Um deles nos contou que mandou mensagem para a proprietária da casa em que moravam e questionou sobre as tantas brigas que o casal tinha. Essa mensagem foi mandada em 26 de fevereiro às 5 horas da manhã. Foi cogitado chamar o Conselho Tutelar, mas ele preferiu não fazer isso para não ter problemas com os vizinhos, já que tinha se mudado recentemente”, destaca.
Fonte: Metrópoles