Mensagens interceptadas pela Polícia Civil do Amazonas mostram que um grupo chamado “Vem pra Rua Amazonas” estaria organizando manifestação e atentados contra órgãos públicos como hospitais, postos de saúde e a sede do governo.
Os supostos autores combinavam entre os participantes como seria a ação criminosa através de áudios e conversas em um grupo de WhatsApp chamado “Vem pra Rua”. Eles inclusive planejavam o uso de armas de fogo para execuções à queima-roupa de pessoas. Em um áudio, um homem chega a pedir que consigam uma “ponto 40”, se referindo à arma com esse calibre. Apoiadores do movimento “Fora Wilson” postam em redes sociais apoio a manifestações contra o Governo, entre eles o coronel da reserva Ubirajara Rosses.
Ouça o áudio:
A Polícia divulgou hoje que a Divisão de Repressão ao Crime Organizado já investiga denúncias sobre a ação de um grupo que ameaça atear fogo em carros e ônibus em Manaus, como parte de protestos contra o Governo.
Nas mensagens no grupo “Vem pra Rua”, os criminosos discutem sobre o ataque. Em outro trecho, o grupo comenta sobre “ataque digital” e uma das pessoas diz: “estou me sentindo num grupo de terrorista”. Há também posts em redes sociais chamando para concentração para uma carreata e uma postagem no perfil do coronel Rosses, em que ele diz: “a máquina não para assim como a vontade da população de limpar nosso estado…”, com a imagem dele próprio ao lado de uma impressora com dezenas de adesivos impressos “Fora Wilson Lima”.
O coronel da reserva Ubirajara Rosses que é pré-candidato a vereador de Manaus, é citado em áudios e uma das conversas como a pessoa que forneceria armas de fogo para o atentado.
O militar da reserva Ubirajara vem recebendo criticas de colegas de farda pelo fato dele nunca ter comandado uma tropa. “Esse aproveitador passou a vida inteira à disposição de políticos como Omar Aziz, Eduardo Braga e agora está a serviço do Amazonino Mendes”, comentou um policial militar.
Alguns dos autores do atentado
Oito autores de elaborar o atentado foram identificados pela polícia, um deles que em uma das conversas oferece botijas de gás para serem usadas como bombas, para explodir hospitais é o empresário e pré-candidato a vereador de Manaus, Bruno Santos, dono da distribuidora Bruno do Gás.
Outros autores apontado são Sidney Neris e Edivaldo Andrade.
Ataque digital
Segundo uma fonte que não quis se identificar, uma grande estrutura teria sido montada em 2019 dentro da Rádio Mix Fm, que é de propriedade do filho do ex-governador Amazonino Mendes. O objetivo principal seria de desgastar a imagem de adversários e eleger candidatos.
A base com o tempo foi descentralizada, composta de blogs e militância de pessoas reais e perfis falsos que compartilham fake news, viralizam, comentam e criam postagens.
As pautas segundo a fonte são diárias, e publicada no grupo do Facebook amigos do Amazonino Mendes.
Lina Vasconcelos que é ex-funcionária da Secom no governo de Amazonino, seria apontada como um das líderes do ataque digital.
Outros ex-comissionados do governo do Amazonino também foram apontados por participar do grupo criminoso e cada recebe R$ 3 mil reais pela criação de publicações em grupos de Facebook e comentários em postagens.
Fonte: Portaldacapitalam