A pandemia e o isolamento social fez com que a maioria das pessoas optasse por meios virtuais para solucionar problemas. Isso tem sido utilizado também por criminosos para aplicar golpes pela internet. Em Manaus, uma professora de 43 anos, acabou sendo uma das vítimas do golpe do ‘Boleto Falso’. Ela procurou o 7° Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro São Lázaro, na Zona Sul de Manaus, para denunciar o crime e explicou como foi enganada pelos estelionatários.
Segundo a professora, ela estava com um débito em uma empresa de telecomunicações e recebeu um boleto via e-mail, com um desconto de 50% no valor da dívida. O documento tinha todos os dados dela: nome, endereço, documentos e, inclusive, o número do contrato verdadeiro com a empresa que ela estava devendo.
Por achar que o boleto era da empresa, ela acabou pagando o valor, mas continuou recebendo cobranças. Ao ligar para a empresa, ela descobriu que havia sido enganada.
“Chegou com todos os meus dados corretos. Eu estava mudando o plano para um maior, achei que fosse um bônus e paguei. Só descobri no feriado que paguei uma fatura falsa e liguei para eles para questionar. Nunca ouvi falar desse golpe, eu pesquisei e vi que outras pessoas já haviam caído em outros estados. Paguei R$ 120, mas minha preocupação é que usem meu nome para empréstimos e compras. Eu avisei todas as pessoas que conheço sobre o golpe, pois se eu soubesse não tinha caído”, explicou a vítima.
O delegado Fabiano Rosas, do 7° Distrito Integrado de Polícia (DIP) fez um alerta para que as pessoas não caiam nesse golpe.
“O que mais chama atenção nesse crime é o trabalho que os criminosos tiveram. Criaram um texto, fizeram um boleto perfeito, igual como você recebe na conta de uma empresa. Sempre desconfie dessas promoções, eles fazem contato com a pessoa que está com a dívida em aberto. Por isso, ela pensou que teria um desconto. É importante checar para onde o dinheiro será destinado em casos de transferências. Desconfie se aparecer nome de pessoa física, pois geralmente é conta de pessoa jurídica. Os estelionatários aproveitaram da boa-fé das pessoas durante a pandemia. Mesmo a vítima procurando informações sobre golpes, ainda foi induzida ao erro. Vamos investigar esse caso, pois a empresa tem responsabilidade sobre os dados vazados. Fica o alerta às pessoas”, destacou o delegado.
O crime de estelionato tem pena de 1 a 5 anos, dependendo da qualificação e gera multa. Quem tiver sido vítima de crimes da mesma natureza pode procurar a delegacia mais próxima de onde mora ou fazer o Boletim de Ocorrência pelo site da Delegacia Interativa.
Fonte: Em tempo