Uma das ferramentas utilizadas por golpistas e falsários na internet são os links enviados via mensagem que redirecionam as pessoas para sites que coletam dados de forma ilegal. A prática é conhecida como “phishing”, termo em inglês criado nos anos 1990, a partir da palavra “fishing” (“pescaria”), e que se refere à tentativa fraudulenta de obter informações confidenciais por meio de comunicação eletrônica.
No “phishing”, os criminosos “pescam” as informações por meio do acesso aos links contidos em mensagens falsas, podendo conseguir nomes de usuários, senhas pessoais, dados bancários e outras informações para utilizar em golpes futuros.
“Atualmente é muito comum encontrar links que prometem milhas para viajar, links para regularizar pagamentos de dívidas em bancos além de outros tipos de serviço. É o famoso ‘clique aqui’ para conseguir algum tipo de promoção ou serviço. Quando essa pessoa abre o endereço eletrônico da mensagem, ela é desviada para um site falso, e dessa forma o golpe é iniciado”, destaca a delegada Ana Cristina, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC),
Conforme Ana Cristina, ao entrar no site falso, a pessoa pode ter os seus dados pessoais roubados, e a conta pessoal pode ser hackeada. Essas informações servem para que os golpistas cadastrem o nome da vítima em companhias telefônicas, clonagem de número de telefone e cartão de crédito.
São várias possibilidades de usar os dados para diferentes fins. E para conseguir êxito, os falsários usam da técnica chamada “engenharia social”.
“Essa engenharia é um texto que persuade a vítima a fazer alguma coisa, nesse caso, a clicar. Todo estelionatário e golpista possui uma ‘engenharia social’ avançadíssima para que ele consiga aplicar seu golpe de forma efetiva”, explica a delegada.
A titular da DRCC alerta a população para se prevenir quanto aos golpes. A dica é que o cidadão busque o site ou plataforma oficial do serviço ou empresa que queira realizar determinada ação.
Caso caia em um golpe de roubo de dados e informações, a vítima deve imediatamente registrar um Boletim de Ocorrência (BO) para que um Inquérito Policial (IPL) seja instaurado e as investigações possam ser iniciadas