A agência sanitária francesa Santé Publique France confirmou nesta sexta-feira (29) a retomada epidêmica no país, após um período de baixa circulação do Sars-CoV2 e o fim de boa parte das medidas restritivas para controlar as contaminações. Segundo a agência, o número de casos graves também voltou a crescer desde o dia 18 de outubro.
De acordo com o boletim semanal divulgado pela agência, a taxa de incidência, que corresponde à proporção de novos casos na população, aumentou 14% em cerca de uma semana e passou para 55 diagnósticos positivos para cada 100 mil pessoas, em 44 regiões francesas. A partir de 50 infecções, as autoridades sanitárias consideram que a epidemia está fora de controle.
Em média, 5.276 contaminações foram registradas diariamente na França na semana passada e 346 pessoas foram hospitalizadas nas unidades de terapia intensiva dos hospitais, o que corresponde a um crescimento de 12%. Atualmente, 6.500 pacientes estão internados em todo o país.
“Na França metropolitana, a taxa de novas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva estão crescendo ou estão estáveis em todas as regiões”, afirma a agência em seu boletim. “Neste contexto, é primordial encorajar a vacinação das pessoas que ainda não se imunizaram e a terceira dose para os maiores de 65 anos e pacientes com comorbidades, além de manter a adesão às medidas de proteção”, ressalta a agência.
Apesar do aumento das infecções, o governo francês espera que a vacinação, que protege contra as formas graves da Covid-19, evite a saturação nos hospitais. Cerca de 68% da população francesa está imunizada com as duas doses da vacina da Pfizer, principalmente. O passaporte sanitário, que limita a vacinados o acesso a locais públicos fechados, como restaurantes, cinemas, teatros, museus ou complexos esportivos, também tem-se mostrado eficaz para limitar as infecções. A medida, em princípio, é válida até o final de fevereiro.
Paralelamente, a epidemia continua acelerando na Europa, principalmente no leste do continente. Os países mais atingidos são a República Tcheca, onde os casos mais do que dobraram na última semana, a Hungria, a Dinamarca, a Polônia, a Croácia e a Eslováquia. Mas o número de infecções representa uma pequena parte do número real de contaminações e a comparação com outros países deve ser feita com cuidado, já que as políticas de testes diferem de um local para outro.
(Com informações da AFP)
Fonte: Noticias.uol.com.br/