A Prefeitura de Manaus, em parceria com a Organização não-Governamental (ONG) Repórter Brasil, promoveu nesta quarta-feira, 13/7, a oficina “Edumigra – Escravo nem Pensar”. A ação teve o objetivo de promover a reflexão sobre os movimentos migratórios e a acolhida de pessoas migrantes nas escolas coordenadas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). O encontro ocorreu na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul.
A ação contou com pedagogos e gestores das escolas municipais e se desdobrou em três encontros, no formato remoto, que ocorreram nos meses de abril, maio e junho.
“A escola tem o potencial muito mobilizador e a gente encontra a escola em todos os territórios, inclusive em locais muito vulneráveis. Então, há muitos estudantes migrantes que estão em situação de vulnerabilidade. Por isso, esse potencial multiplicador da escola é determinante para que o projeto seja implementado”, informou o analista de projetos do programa Escravo Nem Pensar e formador do encontro, Rodrigo Teruel.
Conforme a formadora do grupo Formação em Gestão Educacional Diversidade da Semed, Idelice Freitas, o momento é bastante oportuno para estimular o debate sobre o tema.
“Esse trabalho proporciona às escolas uma formação a respeito do projeto Edumigra, voltado para o acolhimento aos migrantes e imigrantes. E o projeto do Repórter Brasil é voltado para as pessoas que estão em situações análogas à escravidão, sendo exploradas de todas as formas. Então, a DDPM acolhe esse projeto dentro do grupo da Diversidade, porque já é uma temática que é trabalhada pelo grupo”, comentou.
Entre as participantes da oficina, estava a pedagoga Eulália Pereira, que atua no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Poeta Manoel Bandeira, localizado no bairro Zumbi, na zona Leste. A educadora destacou os trabalhos desenvolvidos pela unidade de ensino com os estudantes originários de outros países.
“Desenvolvemos o acolhimento a essas crianças e as suas famílias, desde o início até o fim do ano letivo. Além disso, é envolvida a questão da interdisciplinaridade e troca de culturas. Por se tratar de educação infantil, priorizamos trabalhar com as famílias por meio de reuniões com os pais e as professoras”, explicou.