Duas irmãs de 7 e 9 anos chegaram a um bar de Campo Grande, na região do Lagoa, pedindo por ajuda dizendo que haviam sido abusadas pelo pai. Uma testemunha contou que as crianças estavam desesperadas e chorando. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Informações são de que as meninas chegaram ao bar depois da meia-noite chorando e pedindo por ajuda. Elas foram acolhidas por uma mulher que estava no estabelecimento comercial com amigos. A testemunha questionou o motivo para as meninas estarem desesperadas e uma das meninas contou ter sido abusada pelo pai.
A testemunha, então, acionou a polícia. A mãe das meninas que estava no bar puxou as filhas pelos braços e disse que as irmãs estavam fazendo birra porque queriam salgadinhos. Ela ainda relatou aos militares que nunca viu nenhuma atitude suspeita dos pais das meninas.
O Conselho Tutelar chegou a ser acionado, mas nenhum conselheiro foi até o local afirmando que não era atribuição fazer escuta especializada e que as meninas teriam que ser encaminhadas para a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) para serem ouvidas por psicólogos.
Todos foram levados para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e o homem negou o crime. A princípio, o caso foi registrado como importunação sexual.
Importunação sexual é crime
O crime de importunação sexual é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua anuência. O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô. Antes, isso era considerado apenas uma contravenção penal, com pena de multa. Agora, quem praticá-lo poderá pegar de 1 a 5 anos de prisão.
FONTE: MÍDIA MAX