O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, Geraldo Alckmin, participou, na manhã desta quarta-feira, 15.02, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, da reunião de trabalho da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação — COSBAN.
Criada durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, em maio de 2004, a COSBAN é o principal mecanismo de diálogo regular entre o Brasil e a China e tem como objetivo promover contatos regulares entre altos representantes dos dois países, de modo a incentivar o relacionamento bilateral
“Temos 150 bilhões de dólares de comércio bilateral e nossa meta é aumentar esse comércio e diversificá-lo”, explicou Alckmin. “Temos 28 bilhões de dólares de superávit para o Brasil, isso pode crescer, e 70 bilhões de dólares de investimento da China no Brasil, que tem inúmeras oportunidades para a gente poder atrair mais investimento e cooperação na área econômica, na área social, e em todas as outras áreas”, ressaltou Geraldo Alckmin.
O encontro contou com a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro; do ministro da Educação, Camilo Santana; da ministra do Turismo, Daniela Carneiro; do ministro das Cidades, Jader Filho; e do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula; além da embaixadora Maria Laura da Rocha, secretária-executiva da COSBAN.
Embora a viagem ainda não esteja confirmada, o presidente Lula deverá visitar a China em março. Segundo Alckmin, a COSBAN irá auxiliar na identificação de temas e, com o apoio dos ministérios, na preparação de propostas a serem discutidas com o presidente chinês, Xi Jinping.
“A ideia é a gente preparar os temas e as propostas para a COSBAN e, principalmente, para o encontro do presidente na China nos vários temas de interesse. Nós temos um conjunto de temas em relação à China nas várias áreas, desde a questão de mudança climática, descarbonização, eficiência energética, ciência, tecnologia e inovação, segurança alimentar, agricultura, defesa, educação, saúde, enfim, em todas as áreas”, explicou Alckmin.
“A China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil. É um dos grandes investidores do mundo no Brasil e também é hoje, em termos de poder de compra, a maior economia mundial. E a COSBAN visa exatamente podermos ter o máximo de oportunidade no comércio de parceria e de investimento envolvendo os vários ministérios”, continuou o vice-presidente.
O comércio entre Brasil e China fechou 2022 com recordes de exportações e importações. As vendas para a China chegaram a US$ 89,7 bilhões, o terceiro recorde anual consecutivo, enquanto as compras vindas do gigante asiático atingiram US$ 60,7 bilhões, de acordo com dados do Conselho Empresarial Brasil-China.
“Além da questão dos pontos focais dos ministérios em relação ao plano executivo e ao plano estratégico, nós distribuímos também propostas feitas pelo lado chinês para a discussão durante a visita do presidente”, detalhou a embaixadora Maria Laura da Rocha.
“Então, seria importante que cada ministério pudesse nos indicar qual é a prioridade, qual é a posição que se tem em relação à proposta chinesa e, ao mesmo tempo, também nos apresentar a posição de cada ministério em relação às áreas prioritárias que poderiam ser discutidas durante a viagem do presidente”, prosseguiu a secretária-executiva da COSBAN.
Parceria
A reunião desta quarta da COSBAN representa mais um passo no fortalecimento das relações entre Brasil e China, processo iniciado apenas um dia depois da posse do presidente Lula.
Já em 2 de janeiro, Geraldo Alckmin participou de um encontro bilateral com o vice-presidente da China, Wang Qishan. No dia 7 de fevereiro, o vice-presidente participou de uma reunião com executivos do Conselho Empresarial Brasil-China, quando foram trata
das possibilidades de ampliação das parcerias nos campos de proteína animal, celulose, ferro, aviões e indústria química.
Dois dias depois, em 9 de fevereiro, Alckmin esteve presente na reunião preparatória da COSBAN, quando foram discutidos mecanismos para a expansão do diálogo com parceiros asiáticos, incluindo a Índia e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
A partir de orientações da reunião de hoje, as equipes dos ministérios trabalharão para identificar ações estratégicas para parcerias com a China em áreas como a da educação, com foco na inclusão e conexão; do comércio, de modo a habilitar frigoríficos brasileiros e desburocratizar o processo; de investimentos voltados para infraestrutura; de ciência, com propostas relacionadas a satélites e semicondutores; e de agricultura.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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