Os combates entre o exército sírio e as facções pró-Turquia deixaram 23 mortos neste domingo (3) no nordeste da Síria, depois que combatentes leais a Ancara (a capital da Turquia) tentaram entrar na região, disse o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos). “Morreram nove integrantes das facções [pró-Turquia] e 11 das forças de Al-Hasaka [na Síria]”, afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do observatório.
A organização, cuja sede fica no Reino Unido, tem uma ampla rede de fontes na Síria e monitora em tempo real os acontecimentos na província de Al-Hasakah. Das vítimas do exército sírio, o OSDH informa que havia dois comandantes que, junto com outros nove combatentes, foi morto devido ao ataque de um míssil teleguiado.
Também morreram três membros das forças do regime, incluindo um oficial.
Ocorreram confrontos violentos, o uso de armas pesadas e lançadores de foguetes, entre membros do exército sírio e do Conselho Militar nas linhas da frente de Al-Mabrokah e Al-Areeshah, na zona rural de Tel Tamer.
Fim dos tribunais militares de campo
O presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciou este domingo (3) a dissolução dos tribunais militares de campo, onde milhares de pessoas foram condenadas à morte e executadas, sem direito a julgamento.
Ele publicou um decreto anulando a lei de 1968, que criou esses tribunais, informou a presidência do país, em comunicado publicado no Telegram. Os processos que estavam nos tribunais militares de campo serão encaminhados aos tribunais militares ordinários. A medida entrará em vigor imediatamente.
Segundo ativistas pelos direitos humanos, ainda é preciso ter cautela quanto aos impactos da medida.
Fonte: D24am