Os partidos políticos do Japão estão disputando por uma maioria no Parlamento após uma eleição que resultou em um duro golpe para a coalizão governista. A votação para nomear o primeiro-ministro deverá ocorrer na assembleia em algumas semanas.
A eleição realizada no domingo, 27 de outubro, para escolher os membros da Câmara Baixa mostrou que a coalizão governista do Partido Liberal Democrático (PLD) e do Partido Komei perdeu mais de 60 assentos, bem como a maioria na câmara.
O primeiro-ministro Ishiba Shigeru, que lidera o PLD, indicou que permanecerá no cargo e manterá o governo de coalizão. Ele disse que a política nacional não deve parar sequer por um único momento e que ele espera cumprir seus deveres.
Atualmente, o PLD não tem intenção de expandir a coalizão e planeja cooperar com os partidos da oposição em uma base “política por política”. O partido está entrando em contato com a oposição nos bastidores para garantir a eleição de Ishiba como primeiro-ministro em uma sessão especial do Parlamento.
O Partido Liberal Democrático apresentou ao Partido Komei um plano para convocar a sessão até meados de novembro, levando em conta os próximos cronogramas diplomáticos.
O maior partido da oposição, o Democrático Constitucional do Japão, conquistou 50 assentos a mais na eleição e está solicitando aos outros partidos que votem em seu líder, Noda Yoshihiko. Noda indicou que se empenhará para a formação de uma equipe de modo a combater a coalizão governista.
Outro partido da oposição, o Partido Democrático para o Povo, fez avanços significativos na eleição ao quadruplicar seu número de assentos para 28. O partido afirma que seu líder, Tamaki Yuichiro, foi abordado por um executivo do PLD no que diz respeito à votação para o primeiro-ministro no Parlamento.