Exército israelense tem emitido ordens de retirada para palestinos que vivem no território, objetivo é criar uma “zona de segurança”
Tanques e escavadeiras israelenses operavam em estradas de terra perto dos prédios destruídos no norte de Gaza nesta quinta-feira (10), vistos do outro lado da fronteira, no sul de Israel, em meio à campanha militar em andamento e em expansão, retomada no território palestino no mês passado.
Israel retomou o bombardeio de Gaza em 18 de março, após uma trégua de dois meses, e enviou tropas de volta para a região.
Nas três semanas seguintes, o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo Hamas, afirma que os ataques militares israelenses mataram quase 1.500 palestinos.
Desde o final de março, Israel ordena que os moradores de Gaza saiam do entorno do território para criar o que descreve como uma zona de segurança; os moradores temem que o objetivo seja despovoar a região permanentemente.
A guerra de Israel em Gaza foi desencadeada em outubro de 2023, quando combatentes do Hamas mataram 1.200 pessoas no sul de Israel e fizeram cerca de 250 reféns, segundo dados israelenses.
Desde então, mais de 50.800 palestinos foram mortos na campanha militar israelense, segundo autoridades palestinas.