Ao completar 37 anos, o Colégio Palas Atena celebra a própria história por meio das memórias de quem cresceu, aprendeu e encontrou um lar dentro da escola
Um colégio que nasceu pequeno, no fim dos anos 80, no Conjunto Vila Municipal, bairro Adrianópolis, na zona Centro-Sul de Manaus, cresceu junto com a cidade e, nesse mês, chega aos seus 37 anos, reunindo histórias que atravessam gerações. Hoje, mesmo tendo se tornado grande, o Colégio Palas Atena segue sendo aquele espaço acolhedor que as famílias reconhecem como casa.
Fundado em 21 de novembro de 1988 pela professora Ruivete Maria de Abreu Machado, o Colégio Palas Atena, ao longo dos anos, mudou de endereço conforme crescia – primeiro para a Rua Recife, depois para o Parque Dez de Novembro, em 2007, e atualmente seu novo endereço é a Avenida Umberto Calderaro, voltando ao bairro Adrianópolis após a parceria firmada com o Grupo Literatus, duas referências da educação amazonense.
Memórias de quem cresceu, aprendeu e encontrou um lar no Palas
Entre as pessoas que construíram a história do colégio está a pedagoga Luisiane Belém, de 58 anos, natural de Tefé e moradora de Manaus há 43 anos. Ela começou no Palas há 31 anos e, de lá para cá, viu a escola crescer, mudar de prédio, ampliar turmas, modernizar processos e chegar ao formato atual, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Entre as lembranças mais marcantes, ela cita os primeiros anos da Educação Infantil, quando percebeu com mais clareza o poder transformador da escola. “Acompanhamos sonhos que começam pequenos e crescem junto com as crianças. Quando vejo um jovem sendo aprovado no vestibular e lembro dele lá atrás, ainda no Maternal, é impossível não se emocionar”, contou.
Quem também ajuda a contar essa narrativa e faz parte desses 37 anos é o professor Carlos Eduardo Santos, de 40 anos, pai da aluna Maria Eduarda, de 11, que hoje vive sua própria jornada no Palas. Carlos estudou no Palas da antiga 4ª à 8ª série, em uma época que guarda com carinho, especialmente por ter sido aluno da professora Ruivete, a fundadora da instituição.
“O Palas sempre foi um colégio que investiu muito na sociabilização. Os alunos participam de eventos como feira de ciências, feira cultural… Tudo isso ajuda a criança e o adolescente a se expressarem melhor, perderem o medo de falar e conseguirem debater. Isso é muito importante nos dias de hoje”, avalia.
Ele lembra com carinho de professores que marcaram sua formação e que, de alguma forma, continuam presentes na escola. Anos depois, cruzar novamente os mesmos corredores, agora acompanhando a filha, faz com que lembranças de infância e vida adulta se encontrem.
“A ‘tia’ Débora, a Luisiane e o professor Paulo continuam por lá. Eles são daquele tipo de educadores que sabem orientar com calma, com firmeza e respeito. O professor Paulo, por exemplo, sempre foi muito educado, nunca precisou levantar o tom de voz para ensinar”, destacou.
Legado
O legado deixado pela fundadora Ruivete segue presente não apenas na memória dos alunos antigos, mas na prática pedagógica diária. E quem carrega esse compromisso no presente é o diretor do Palas e filho de Ruivete, professor Paulo Sérgio Ribeiro. Para ele, as histórias de Carlos, de Luisiane e de tantas outras famílias simbolizam a razão pela qual a escola permanece firme há 37 anos.
“O Palas nasceu da visão de uma educadora que acreditava que aprender é um ato que envolve cuidado, responsabilidade e afeto. Quando uma escola atravessa gerações, e como atravessa, não é apenas pelos conteúdos: é porque ela consegue construir vínculos que acompanham as pessoas pela vida inteira. Essa é a nossa missão desde o começo – formar estudantes críticos, criativos e humanos, capazes de transformar o mundo ao redor”, destacou.
Nesses 37 anos, o Palas ampliou seus níveis de ensino, incorporou a Educação Infantil em 2008 e implantou o horário integral a partir de 2012, sempre guiado pelo compromisso de formar cidadãos críticos, criativos e participativos. Com ensino forte e proposta global, o colégio tem se destacado por aliar excelência acadêmica, formação humanizadora e experiências internacionais em um único projeto pedagógico.
Frutos
E, se há algo que o Palas coleciona ao longo dessas quase quatro décadas, são alunos que encontraram ali o primeiro empurrão para o mundo. Márcia Rezende, de 41 anos, natural de Itacoatiara e moradora de Manaus há 35 anos, fez parte da primeira turma de Ensino Médio formada pela escola, em 2000. E foi justamente nesse período que ela percebeu o tamanho da travessia que estava prestes a começar.
“O período que mais me influenciou foi o terceiro ano. Ali, entendi o peso das escolhas e aprendi a ter responsabilidade. Percebi que o meu futuro dependia do meu esforço, e isso me acompanha até hoje”, disse.
Formada em Administração com ênfase em Marketing, Márcia hoje atua como backoffice em uma corretora de seguros, uma área que exige organização e comunicação clara, habilidades que ela atribui, em parte, aos anos de Palas. “Os trabalhos, debates e cobranças me ensinaram a me expressar melhor e a ser disciplinada. Essas habilidades fazem diferença diária na minha área”, conta.
Desde a fundação, uma característica nunca mudou, pois o Palas sempre foi uma escola que combina disciplina, acolhimento e forte incentivo à expressão dos estudantes. Feira de Ciências, projetos culturais, atividades de debate e espaços de socialização marcaram a vida de milhares de alunos ao longo de quase quatro décadas. E continuam marcando. Ao apagar as 37 velas, a escola celebra não apenas sua história, mas as histórias de quem fez e faz parte dela.
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