“O ecoturismo é um dos mecanismos mais importantes do desenvolvimento sustentável para dar nova musculatura à economia do Amazonas e do Brasil”, defendeu, na noite de segunda-feira (30.5), o coordenador do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), Arthur Virgílio Neto, durante debate promovido para alunos de jornalismo, administração, engenharia ambiental, ciências contábeis e gestão da Fametro. O encontro foi mediado pelo diretor administrativo do grupo Fametro, Wellington Lins Júnior, e contou com a participação da empresária do Turismo Cláudia Mendonça e da reitora da Fametro, Maria do Carmo Seffair.
Arthur apresentou aos alunos suas perspectivas e expectativas em relação ao desenvolvimento sustentável e sua importância não só para o Amazonas, mas para o Brasil e para o mundo. Segundo ele, o ecoturismo se apresenta como importante viés desse novo comportamento da economia mundial, como uma atividade que, além do prazer e do lazer, traz a reflexão sobre a conservação ambiental, reforça o conceito de sustentabilidade onde o homem pode usar os recursos naturais sem esgotá-los e, ainda, promove a interação homem-ambiente, o reconhecimento das diversidades de costumes e tradições e o papel da cultura.
Ele defendeu o ingresso do Brasil nesse mercado, que movimenta em torno de US$ 180 bilhões por ano, com perspectiva de crescimento anual de 10%, podendo ultrapassar o dobro desse valor até 2028.
“É um segmento importante para a geração de emprego e isso está fazendo muita falta ao Amazonas, onde temos praticamente todos os 61 municípios do interior sem oportunidades e sem renda, a não ser o que esteja diretamente vinculado ao setor público”, disse o coordenador do CPJUR. Arthur deu como exemplo a Austrália, onde o Ecoturismo movimenta mais de 1 milhão de empregos.
A participação dos alunos, a força do debate e do envolvimento nas questões levantadas pelos participantes foi elogiada e comemorada como um resultado positivo e de extrema importância para a formação e o despertar dos acadêmicos.
“O planeta está aí e a gente precisa fazer essa reflexão, começar a cuidar para poder viver mais, oferecer mais, construir mais. E esse debate tem essa intenção, criar alternativas. Foi uma troca interessante, é importante esse despertar, saber que os verdadeiros guardiões somos nós, somos responsáveis por essa região”, destacou a empresária Cláudia Mendonça.
Para a reitora da Fametro, Maria do Carmo Seffair, a cada palestra realizada fica claro o amadurecimento dos alunos nas discussões propostas. “A gente vai aprofundando o debate e os alunos estão adorando. Essa é a função principal da universidade, não só formar com os conteúdos dos currículos, mas formar cidadãos críticos que sejam capazes de interferir no desenvolvimento do nosso Estado”, resumiu.
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