A Coreia do Norte chamou a principal inspetora da Organização das Nações Unidas (ONU) para monitorar os direitos humanos do país de “fantoche” dos EUA, alertando nesta sexta-feira (2) que Pyongyang não irá tolerar o que chamou de trama liderada por Washington de usar a questão dos direitos humanos para derrubar seu regime político.
O governo norte-coreano é extremamente sensível a críticas externas a seu histórico de direitos humanos e as classifica como tentativa de difamar e abalar seu domínio sobre uma população de 26 milhões de pessoas, a maioria das quais têm pouco acesso ao noticiário estrangeiro.
Os comentários vieram num momento em que Elizabeth Salmon, relatora especial da ONU para direitos humanos na Coreia do Norte, faz sua primeira visita à Coreia do Sul nesta semana para se reunir com autoridades, ativistas e desertores norte-coreanos desde que foi nomeada ao cargo, no mês passado.
O ministério de Relações Exteriores norte-coreano acusou Elizabeth Salmon de demonstrar “ignorância e visão enviesada” sobre Pyongyang. Também acusou Washington de estar por trás do mandato da inspetora, como parte de uma estratégia contra a Coreia do Norte.
Elizabeth Salmon afirmou que seu primeiro relatório sobre a questão dos direitos humanos na Coreia do Norte será apresentado à Assembleia Geral da ONU no fim de outubro.
Estadão Conteúdo