Na semana passada dois potenciais pré-candidatos à Prefeitura de Manaus, nas eleições 2020, afirmaram estar fora de uma eventual disputa ao cargo e focados em seus respectivos mandatos.
Marcelo Ramos (PR) e Carlos Alberto Almeida (PRTB), deputado federal e vice-governador do Amazonas, respectivamente, só pensam em fazer um bom trabalho nas funções atuais em que estão.
Apesar do discurso ser um, na prática a realidade é outra.
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Focado
Marcelo Ramos declarou a um site local que planeja fazer o melhor mandato possível de deputado federal. Estreando na Câmara dos Deputados, Ramos vem de experiências exitosas em disputas majoritárias, em que saiu bem colocado e mudando, inclusive, o curso da eleição para o governo de 2014.
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Dedicar-se ao governo
Carlos Alberto Almeida, que estreou na política partidária e de mandato, afirma que quer se dedicar, integralmente, à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), onde é secretário e está enfrentando uma das maiores crises que o setor vem enfrentando nos últimos 3 anos.
Almeida deve ter percebido que a pressa é inimiga da perfeição e que, em política, nada é como se desenha. E, com a crise da saúde seria temerário fazer qualquer declaração alusiva à eleição.
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Cautela
A mesma cautela está sendo adotada por Ramos e, também por Luiz Castro (Rede), que hoje administra um dos maiores orçamentos do Estado: o da Educação. Castro é apontado nos bastidores como um aspirante à sucessão de Arthur Neto (PSDB).
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David, reinando sozinho
Pelo visto, o ex-deputado estadual David Almeida (PSB) vai surfar sozinho nesse cenário pré-eleitoral e especulativo que vai permear todo o ano de 2019.
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O ano começou
Diz o ditado que o ano no Brasil só inicia, oficialmente, após o Carnaval. Então, podemos afirmar que nesta segunda-feira, 11 de março, o país passa a enfrentar seus problemas, fantasmas e a procurar soluções.
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Reforma da Previdência
No âmbito da política econômica, a maior preocupação do governo é aprovar a reforma da Previdência, que já está na Câmara dos Deputados, mas ainda não é consenso, inclusive, entre aliados do Planalto.
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Pontos polêmicos
O texto da Reforma está nas mãos dos parlamentares. Alguns dos oito deputados do Amazonas já se mostraram descontes com determinados pontos. O deputado federal Marcelo Ramos, do PR, disse que não vota numa proposta que altere a aposentadoria para os professores, sejam da rede privada sejam da rede pública. Já José Ricardo, do PT, fala que o texto enviado pelo Governo Federal afeta diretamente a população mais pobre.
“As mulheres e os trabalhadores rurais serão os mais prejudicados. Eles terão que trabalhar muito mais para receber o valor mínimo da tabela”, afirma o parlamentar petista.
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Otimista
Mas, para o ministro da Economia, Paulo Guedes, faltam apenas 48 votos para que a reforma passe na Câmara dos Deputados. Muito otimista, ele explicou em entrevista ao “Estadão”, que o governo mapeou a votação e chegou a esta conclusão. Para que a proposta seja aprovada, são necessários 308 votos.
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Dificuldades
Ele só esqueceu de colocar nessas previsões, a instabilidade inerente aos parlamentares, as crises que o governo do qual participa tem criado nos últimos dias e a falta de consenso em torno da matéria. Quem viver, verá!