Duas pessoas, que seriam pai e filho, ficaram feridas em um ataque à Cidade de David, em Jerusalém, na madrugada deste sábado (28), o segundo contra a capital de Israel realizado nas últimas 24 horas. Segundo a polícia, o suposto atirador é um menino de 13 anos.
Ainda segundo a polícia, depois de efetuar os disparos, o adolescente foi ‘neutralizado e ferido’, baleado por dois civis que passavam pelo local, e acabou sendo detido. Os civis tinham licença para portar suas armas.
O menor seria morador de Jerusalém Oriental, setor da cidade anexado por Israel depois da Guerra dos Seis Dias, de 1967. Ele teve a arma apreendida pela polícia.
A polícia e agentes do Shin Bet (a única organização do Estado que entra em contato direto com a realidade palestina) chegaram ao local poucos minutos depois. A identidade do atirado ainda está sendo investigada, e buscas estão em andamento na área, na tentativa de descobrir se ele teve alguma ajuda, segundo informa o jornal israelense Maariv.
Prisões
Por meio de um comunicado, a polícia israelense anunciou, neste sábado (28), a detenção de 42 pessoas para interrogatório, algumas delas membros da família do terrorista responsável pelo ataque a uma sinagoga em Jerusalém Oriental, entre quinta e sexta-feira (27).
Durante as orações do Shabat, um homem invadiu o local atirando e matou sete pessoas. Depois, morreu em confronto com a polícia. O agressor foi identificado como um palestino de 21 anos, morador da parte da cidade anexada por Israel após 1967.
Não há indicação de que ele tenha se envolvido anteriormente em atividades militantes, ou que fosse membro de algum grupo armado.
O primeiro ataque
De quinta (27) para sexta-feira (28), sete israelenses morreram e dez ficaram feridos em um ataque terrorista contra uma sinagoga, na periferia de Jerusalém, informou o Ministério de Relações Exteriores de Israel. O templo fica em um bairro de colonos judeus, na região leste da cidade.
O atentado ocorreu poucas horas depois de um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, feito em resposta a disparos de foguetes no território palestino.
Para Kobi Shabtai, chefe da polícia israelense, o que aconteceu na sinagoga foi um massacre, “um dos piores ataques que tivemos nos últimos anos”.
Após a acorrência, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu para os israelenses não fazerem justiça com as próprias mãos e confiarem no exército e na polícia.
O ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, condenou a ação: “Atacar fiéis em uma sinagoga no Dia da Lembrança do Holocausto e no Shabat é terrível”, disse, no Twitter, na noite de sexta-feira. “Estamos com nossos amigos israelenses”, acrescentou.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, sem reivindicar para o grupo a autoria do ataque, disse que a operação “é uma resposta ao crime conduzido pela ocupação em Jenin e uma resposta natural às ações criminosas da ocupação”.
A Jihad Islâmica Palestina elogiou a ação, mas não reivindicou o ataque.
Fonte: D24am