O Governo do Amazonas apresentou o painel sobre o segmento durante a 15ª Pesca & Companhia Trade Show, em São Paulo
O Amazonas foi destaque no primeiro dia da 15ª Pesca & Companhia Trade Show, uma das maiores feiras da América Latina. O Governo do Estado participou, na quinta-feira (23/03), do Fórum Nacional do Turismo da Pesca apresentando a expertise no segmento no âmbito do turismo e no ordenamento pesqueiro, durante o evento realizado em São Paulo.
O presidente da Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), Gustavo Sampaio, apresentou as políticas de desenvolvimento do turismo de pesca esportiva no Amazonas.
“O setor da pesca esportiva movimenta uma cadeia produtiva de serviços gigantesca no nosso Estado, um fio condutor, gerador de empregos, renda e oportunidades. Por isso é tão importante a promoção do Amazonas para atrair cada vez mais turistas”, afirmou Sampaio.
Para o segmento, de acordo com o presidente, a temporada apresenta o maior fluxo de turistas entre setembro a março, no qual acontece o período de seca, conhecido como verão amazônico.
“Por determinação do governador Wilson Lima, a Amazonastur investe em um setor de Pesca Esportiva qualificado e preparado, oferecendo cursos voltados para o segmento. Desenvolvimento turístico e mão de obra qualificada são nossas prioridades”, destacou Sampaio.
Pesca em Unidades de Conservação
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) também está presente na feira, reforçando o potencial das Unidades de Conservação Estaduais para o turismo de pesca esportiva. O coordenador do Núcleo de Pesca da Sema, Rogério Bessa, apresentou os últimos avanços no ordenamento pesqueiro do Amazonas, que tem ampliado a modalidade dentro das áreas protegidas, com o protagonismo das populações tradicionais.
“A proposta do Governo do Amazonas é consolidar essa atividade, ao mesmo tempo em que estimula o desenvolvimento da economia local. São os comunitários os atores sociais mais relevantes para promover um turismo de pesca consciente. São eles também que recebem os turistas nas pousadas, que atuam como piloteiros, guias, auxiliares de cozinha, ampliando as oportunidades e, consequentemente, a geração de renda nas áreas protegidas”, destacou Bessa.
A modalidade de pesca esportiva em UC é viabilizada pela Sema por meio dos acordos de pesca. Desde 2019, 15 novos acordos foram publicados. “A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã tem despontado como case de sucesso da pesca esportiva e o nosso objetivo é desenvolver a modalidade também em outras UC que possuem potencial”, completou o coordenador.
Ordenamento pesqueiro
Palestrando sobre a temática “Ordenamento pesqueiro com base em estudos de capacidade de suporte da pesca esportiva”, o diretor-técnico do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), engenheiro de pesca Radson Alves, explica que o órgão apoia o ordenamento pesqueiro no estado e participa da extensão pesqueira, com o intuito de diminuir o impacto ambiental, além de fortalecer o elo entre as instituições e entidades.
O Amazonas tem pelo menos 35 municípios com potencial para pesca esportiva, o que gera uma grande demanda por ordenamento pesqueiro, com objetivo de garantir a sustentabilidade nessas localidades para as futuras gerações.
“Essa temática vem muito dos conflitos que existem entre o ribeirinho tradicional, o pescador comercial, os comunitários e o pessoal da pesca esportiva. Em função disso, o Governo do Amazonas, por meio das instituições, tem esse trabalho que é de ordenar, trabalhar os regulamentos para que a gente possa diminuir os conflitos para que todos possam pescar no rio, fomentando cada atividade, com sustentabilidade e conservação do estoque pesqueiro”, explicou Alves.
FOTOS: Geizyara Brandão/Amazonastur