A comunidade indígena Boa Vista, na região do Andirá/Marau, em Barreirinha (AM), está em luto, mas a dor é acompanhada de uma profunda revolta. O crime bárbaro que tirou a vida de dois irmãos indígenas, de apenas 2 e 5 anos, cometido pelo próprio irmão, chocou o Amazonas e expôs feridas históricas.
O ato de extrema crueld4de está sendo tratado como homicíd!o qualificado com requintes de crueld4de. Enquanto o autor confesso alega ter agido a mando de um tio, identificado como Valdeci, a Polícia Civil aprofunda as investigações para confirmar a participação de terceiros ou se há uma tentativa de eximir a responsabilidade.
O Sombrio Histórico de Violência na Região
A tragédia familiar é apenas a ponta de um iceberg de violência que assola a comunidade. A família já havia sido dilacerada anteriormente: o pai das crianças foi ass4ssinado, e uma irmã das criança teria tirado a própria vida.
Essa escalada de violência evoca um passado recente e turbulento em Barreirinha, que desafia a ação do Estado. É preciso lembrar que, em 2020, a própria Delegacia de Polícia local foi atacada por um grupo de homens. A justiça chegou a decretar a prisão de 13 pessoas envolvidas nesse ataque.
O novo crime, com sua frieza inimaginável, mobiliza equipes da Polícia Civil e órgãos de proteção indígena. Moradores descrevem o clima como de incredulidade e abandono. A população clama não apenas por justiça, mas por uma resposta efetiva e duradoura do Estado do Amazonas para interromper este ciclo de dor e violência.
A Polícia Civil de Barreirinha garante que atuará com o peso máximo da lei para responsabilizar o autor e qualquer possível cúmplice, enquanto a comunidade de Boa Vista permanece mergulhada em um luto que não cabe em palavras.