A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 60ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Maraã (a 634 quilômetros de Manaus) e da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), com o apoio do Departamento de Polícia do Interior (DPI), prendeu, na quarta-feira (17/12), uma mulher, de 40 anos, pelos crimes de estupro de vulnerável em coautoria com o genitor e omissão no crime de tortura contra a própria filha, de 17 anos.
A delegada Kássia Evangelista, da Depca, informa que as diligências tiveram início após uma tia da vítima comparecer à unidade especializada, no dia 15 de novembro deste ano, e denunciar que a adolescente era abusada sexualmente pelo pai desde os 7 anos.
O homem já se encontra preso desde 6 de dezembro. “Ao saber da denúncia, o casal fugiu para Maraã, onde se hospedaram na casa de familiares do homem, em uma área de difícil acesso na zona rural do município, local em que ele foi capturado”, relatou a delegada.
Após a prisão do genitor, a adolescente chegou a fazer um vídeo relatando que a genitora autorizou que o agressor mantivesse os abusos sexuais contra ela desde que ele não arranjasse outra mulher. Conforme a delegada, durante escuta especializada a adolescente relatou alguns atos da mãe, mas não chegou a citar sobre essa autorização.
“Quando tivemos acesso ao vídeo identificamos o quanto havia de participação direta da genitora, que agiu em coautoria com o marido. Ela também é suspeita de praticar o crime de tortura pela omissão imprópria, uma vez que faltou com o dever de proteção e cuidado, no episódio em que o autor espancou e raspou o cabelo da vítima.
Estamos investigando, ainda, se há a participação ou conhecimento dela acerca do crime de exploração sexual, na época em que ele levou a adolescente para dormir com outros homens”, declarou.

