A ex-primeira-dama Nejmi Aziz deixou na noite deste domingo (21), a carceragem do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) no quilômetro 8 da BR-174. Ela estava presa desde a última sexta-feira (19).
Com o argumento de que a primeira instância da Justiça Federal se baseou em “alegações genéricas” para mandar prender a mulher do senador Omar Aziz (PSD), Nejmi Aziz, a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso concedeu neste domingo, 21, um habeas corpus (HC), determinando a soltura imediata de Nejmi. A informação é do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região (TRF-1).
Os irmãos do senador Omar Aziz, que são Amin, Murad e Mansour Aziz, continuam presos no Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM 2), também localizado na BR-174.
A Operação Vertex da Polícia Federal afirma que há indícios de que os investigados e alvos de mandados de prisão recebiam como vantagens indevidas dinheiro em espécie frutos de contratos de aluguel simulados, funcionando como ‘interpostos’ para dissimular a origem do dinheiro.
Os imóveis alugados sequer eram ocupados mas os valores eram recebidos, o que, segundo o delegado, seria uma forma de ocultar a entrega de dinheiro por meios de contratos ‘de fachada’. Além disso, segundo Alexandre Teixeira, há indícios de superfaturamentos em vendas de terrenos e nota fiscais de serviços que sequer foram prestados, porém foram pagos.
O delegado federal Alexandre Teixeira destacou que o Instituto Novos Caminhos assumiu a gestão de unidades de saúde do Estado quando Omar Aziz era governador e José Melo, preso em outro desdobramento da Maus Caminhos, a operação Custo Político, era vice. No entanto, Teixeira foi cauteloso ao ser questionado se Omar comandava as ações do grupo. “Estamos na fase de investigação, não queremos imputar este comando”, esquivou-se.