A deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) é uma das apoiadoras da criação do Museu Internacional do Esporte na cidade de Manaus. O assunto foi discutido na noite da última segunda-feira, 11 de fevereiro, na casa do idealizador do projeto, o desportista e colecionador Roberto Gesta de Melo, representante da América do Sul no Conselho da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), além de presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo (Consudatle) e da Associação Ibero-Americana de Atletismo (AIA). Gesta, que é amazonense, também foi presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), vice-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e secretário de Esportes do Amazonas.
Em conversa com Gesta, Alessandra foi informada sobre o andamento do projeto. Segundo o desportista, o Museu Internacional do Esporte vai funcionar em duas salas na Arena da Amazônia. A primeira etapa foi bancada com recursos próprios do colecionador, mas agora ele busca apoio do Poder Legislativo para sensibilizar o Governo do Estado para a finalização do projeto e manutenção do museu.
Ex-secretária estadual de Esportes, a deputada destaca a relevância da criação do museu para o Amazonas. Gesta é dono da maior coleção privada de artefatos esportivos do mundo, com mais de 70 mil peças no acervo. Significa que a história do esporte mundial pode ser contada a partir de um museu a ser inaugurado na terra natal do dirigente.
“O trabalho do doutor Roberto Gesta é reconhecido em todo o mundo. Todos os anos vêm pesquisadores para conhecer o acervo de mais de 70 mil peças, grande parte delas relíquias, peças com mais de 2 mil anos antes de Cristo. É um museu preciosíssimo. Nós temos um bem incalculável financeiramente e a proposta dele é criar aqui o Museu Internacional do Esporte”, disse Alessandra.
Para a deputada, o museu pode reposicionar o Amazonas na rota do turismo internacional e incrementar a circulação de dinheiro na economia local. Essa é a principal argumentação que os deputados usarão para sensibilizar o Governo a apoiar a finalização do projeto e o funcionamento do mesmo.
“Esse museu traria também esses turistas e toda a população do Amazonas para conhecer e a gente teria o maior museu da história do esporte no mundo. O mundo inteiro teria que se curvar a esse museu”, concluiu a parlamentar do MDB.
Relíquias
Os visitantes do Museu Internacional do Esporte vão poder ver selos, moedas, troféus, tochas, fotografias, vídeos, medalhas originais, além de réplicas táteis de algumas peças expostas, promovendo a inclusão de deficientes visuais.
Entre os destaques que poderão ser vistos futuramente no museu estão uma folha de Louro de Ouro original usado em premiações antigas; uma medalha de papel, cunhada em um campo de concentração, pelos prisioneiros na Segunda Guerra Mundial; e um fragmento de calcário datado de 2125 a.C., do Antigo Império Egípcio, com hieróglifos e figuras praticando esportes.