O presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, afirmou na tarde desta sexta-feira (12), em visita a Manaus, que a legenda tem estudado fielmente cada passo dado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), com o intuito de emplacar uma bancada de oposição propositiva que almeja sempre apresentar uma solução no Congresso Nacional.
“Na última quinta-feira, apresentamos nossa opinião sobre os 100 dias de atuação do governo Bolsonaro. Da mesma forma, a cada três meses iremos apresentar uma nova análise, acoplando os números, dizendo como faríamos em cada ocasião”, pontuou Lupi.
Quanto a opinião dele sobre os 100 primeiros dias de Jair Bolsonaro (PSL) na presidência da República, ele comparou a atuação do militar a um filme.
“Um bom filme já se sabe que é bom desde o início, e o que ele está apresentando é uma catástrofe, um filme de quinta categoria. Eu acho que ele ainda não começou governar, e, realísticamente falando, acho que nem vai, porque não tem time, não tem equipe, não tem experiência, só vive da palavra, é um falastrão”, criticou.
Previdência
Na ocasião, Carlos Lupi também comentou sobre a proposta apresentada ao Congresso para a Reforma da Previdência, que, no ponto de vista dele, já inicia com a apresentação de números irreais sobre o déficit previdenciário – previsto para R$ 309,4 bilhões só para este ano, sem a aprovação da Reforma, conforme dados do Ministério da Economia.
O segundo ponto criticado por ele, foi a exigência de um superávit e lucro econômico ao País colocado pelo Governo, que só beneficia as empresas privadas.PUBLICIDADE
“No capitalismo, o lucro vem da empresa privada. Sempre pegam o modelo americano para tudo e os Estados Unidos são deficitários por causa dos gastos com as forças armadas, com armamento e ninguém fala disso, mas eles gastam mais do que arrecadam por causa da indústria do armamento. Alguma vez alguém ouviu falar que o governo vai cortar verbas do Exército, da Marinha, dos Foguetes? Não, porque existe um interesse americano nisto tudo”, afirmou Lupi.
Ele ainda ressalta que a matéria pune a parte mais frágil da sociedade, como trabalhadores rurais, mulheres e professores. “É um projeto profundamente injusto e ignorante. Além disso, 60% dos municípios brasileiros, em média, se sustentam com o dinheiro dos aposentados e pensionistas. E quando você corta este dinheiro deles, você retira o oxigênio da economia”, pontuou o democrata.
Eleições municipais na pauta
Carlos Lupi ainda adiantou com exclusividade ao Portal A Crítica que, se depender dele, o ex-deputado federal Hissa Abrahão (PDT), que também já foi vice-prefeito de Manaus, será o candidato da legenda democrata trabalhista nas próximas eleições municipais de Manaus.
“Essa é minha opinião pessoal, não do partido. Ele acha que ainda tem muitas articulações antes de optar por este caminho, mas, no meu ponto de vista, apesar dele não ter ganho eleitoralmente ano passado, ganhou politicamente e se credenciou para uma candidatura forte para prefeito”, avaliou.
Ele também afirmou que o partido estuda aumentar o número de representatividade política em 50% em todo o País. Atualmente a legenda conta com 395 prefeitos, 236 vice-prefeitos e 3.509 vereadores.
“Aqui no Amazonas por exemplo, iremos contar com o apoio da nossa executiva local (Hissa Abrahão e Adjuto Afonso), pois, aqui é um Estado muito grande, com alguns pontos de difícil acesso e queremos conversar com cada comunidade e município, sem exceção. Queremos uma estrutura mais branda com a presença do partido em todos os estados para dar sustentação à campanha do Ciro Gomes, que virá como nosso candidato à presidente em 2022”, afirmou Lupi.
Esta será a primeira eleição que não haverá possibilidade de coligação nas proporcionais ,segundo o líder do PDT