Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos. Tanto riquezas como honra vêm de ti, tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo” (I Cro. 29:11.12).
Quando Deus fez o homem sua imagem e semelhança, tinha por objetivo, direcionar sua conduta, seguindo um padrão divino, que consiste no governo perfeito sob Suas diretrizes, deu a este capacidade administrativa e inteligência para governar o mundo com sabedoria e equidade, e assim o elegeu como seu ecônomo de todos os bens existentes na terra.
Mas quando observamos a cronologia política mundial e os acontecimentos históricos, agrupados numa sequência lógica, podemos afirmar com segurança, que, os governos têm falhado deliberadamente em vários aspectos, principalmente no que tange a reconhecer que Deus os constitui como líderes mordomos dos bens terrenos.
A decadência mundial pode ser observada pelo prisma da desobediência e da soberba humana em achar que pode tudo sem o auxilio de Deus, e assim, o mundo afunda cada vez mais em um mar de lamas, pois a humanidade segue um padrão libertino universal, cujas virtudes e valores são inobservados e violados intencionalmente em nome de uma suposta liberdade, entretanto, não podemos confundir ”liberdade com libertinagem”, é preciso distinguir liberdade de libertinagem, entre ser livre e ser libertino. Liberdade, sem compromisso com a verdade e com a responsabilidade, torna-se libertinagem; e esta jamais poderá gerar felicidade, já que vai desembocar no pecado. E “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23).
Ser livre não é fazer tudo o que se quer. Muitas vezes, isso é loucura. A verdade é o trilho da liberdade, e esta, sem verdade, é loucura e engano.
A maior aspiração do ser humano é a liberdade seguida de felicidade. E isso é consequência natural de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26), para participar de sua vida bem-aventurada. Deus pôs em nós uma sede infinita, que só pode ser saciada por Ele mesmo, o que passar disso, é pura filosofia humana sem base teocrática e ortodoxa.
Santo Agostinho (354-430), depois de buscar a felicidade nos prazeres do mundo, na retórica e oratória, no maniqueísmo e em tantas outras estripulias, somente saciou seu coração quando encontrou o Evangelho. Mais adiante, lamentou ter demorado tanto para ter descoberto a verdadeira fonte da felicidade: “Ó Jesus Cristo, amável Senhor, por que, em toda a minha vida amei, por que desejei outra coisa senão Vós?”.
O Criador não planejou para nós um futuro incerto, mas nos proporciona cheiro, sabor e prazer nos sentidos, mas o delírio das riquezas ou o fascínio do poder e do prestígio, torna-se ilusório, porque o que está abaixo de nós não pode satisfazer nossa alma. Isso é muito pouco para nós! Deus deseja que a nossa felicidade seja muito maior, e, que seja Ele próprio. Esse é um grande ato de amor do Pai para conosco. O Pai sempre quer o melhor para o filho.
Governo algum terá existo se Deus não for o gestor e nós os mordomos, seja qualquer tipo de administração, da maior a menor, seja ela do campo eclesiástico, executivo, parlamento, judiciário ou outra qualquer, sem Deus nada podemos fazer, pois Ele é o Criador e regente do universo, porém, muitos insistem em achar que não precisam dele, e outros vão mais além, afirmam que Ele não existe, e por conta desta apostasia, o mundo trilha um caminho incerto e duvidoso.
Os índices que medem a violência, os suicídios, a pobreza, as doenças e outros males, são, sobretudo, alarmantes! Mas a intervenção divina tem sido visível para que o mal não prevaleça sobre a terra e o descontrole seja maior, mesmo que muitos não sigam as regras, Deus sempre vai está intervindo, pois Ele é a histórico, imutável, onipotente, onisciente, onipresente, soberano, sem contagem de tempo e eterno.
José de Arimateia Moreira Viana