O Ministério Público concordou com a liberação, mediante tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. O juiz Ricardo Leite atendeu o parecer do MPF.
Na última quarta-feira (22), o juiz Ricardo Leite autorizou a soltura de um dos suspeitos de hackeamento de autoridades, Danilo Cristiano Marques. O caso ocorreu no ano passado (2019), quando em uma operarão Spoofing da Polícia Federal (PF), ocorreu suspeita de hackeamento do celular de autoridades, inclusive o software do aparelho eletrônico do atual ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sério Moro.
O juiz, da 10ª Vara Criminal de Brasília (DF), entende que não há necessidade de uma prisão, porque o caso já foi investigado e as medidas cabíveis foram tomadas. Além disso, o sujeito está com tornozeleira eletrônica.
Para tal medida de apreensão do suspeito, houve a necessidade de alguns critérios:
• colocação de tornozeleira eletrônica;
• proibição de contato com outros investigados;
• proibição de contatar testemunhas;
• proibição de sair da cidade onde mora (Araraquara, no interior de São Paulo) e de acessar locais de interesse da investigação;
• E “proibição absoluta de usar a internet, redes sociais e aplicativos de mensagens tipo WhatsApp”.
Danilo Cristiano Marques está preso desde 23 de julho, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Spoofing, e esta serve para investigar a invasão de celulares de autoridades.
A defesa de Danilo Marques apontou à Justiça excesso de prazo na prisão, de mais de 180 dias, e falta de necessidade da prisão uma vez que a investigação já foi concluída.
O Ministério Público concordou com a liberação, mediante tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. O juiz Ricardo Leite atendeu o parecer do MPF.
Entenda o caso
O motivo da apreensão do suspeito, foi por associação criminosa e crime de interceptação telefônica, informática ou telemática, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Também, por meio da denuncia do MP, descobriu-se o suposto envolvimento do Jornalista Glenn Greenwald. A denúncia entrou em ascensão e começou a ser investigado nesta terça-feira (21).
Investigações da Polícia Federal mostraram que os celulares das autoridades haviam sido hackeados. Um dos investigados, o hacker Walter Delgatti Neto, afirmou em depoimento que repassou o conteúdo das conversas a Glenn.Fonte: G1