O Busca Preço, ferramenta desenvolvida pelo Departamento de Tecnologia da Informação (Detin), da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/AM), registrou recorde de consultas durante o período de isolamento social. Nos primeiros 12 dias do mês de maio, o número de pesquisas foi 45,8% maior em relação a todo o mês de maio de 2019. A grande procura dos usuários tem sido por itens relacionados à higiene e proteção contra o novo coronavírus e fármacos para tratamento dos sintomas da Covid-19.
Em todo o ano de 2019, a ferramenta, que está disponível no site da Sefaz/AM (www.sefaz.am.gov.br), registrou 10,5 milhões de consultas. Em menos de cinco meses de 2020, o número de registros está próximo a três milhões, quase um terço do número total do ano anterior. No comparativo de janeiro a maio de 2020 com igual período de 2019, o Busca Preço teve crescimento de 119,46% no número de consultas.
Tradicionalmente, a ferramenta era utilizada para pesquisar itens que compõem a cesta básica, como arroz, feijão, leite, etc. Desde que a disseminação da Covid-19 se tornou mais intensa no estado e o isolamento social mais acirrado, os internautas redirecionaram suas pesquisas para outros produtos.
Com o desabastecimento de itens vitais para combater a propagação do vírus, como álcool em gel, as pesquisas deixaram de ser baseadas na economia financeira. “Neste momento de pandemia, mudou o viés do Busca Preço. Hoje, as pessoas não entram na ferramenta procurando o local mais barato e sim, onde o produto está disponível. As pessoas querem saber sobre as empresas que têm o produto e como fazer para chegar até elas”, salientou Rodrigo Albuquerque, chefe do Detin.
No ranking dos produtos de higiene e de proteção, os mais pesquisados foram detergente, sabão, água sanitária, álcool 70%. Entre os medicamentos, a Azitromicina e Ivermectina lideram as buscas.
Funcionalidades
O Busca Preço utiliza a tecnologia de indexação para completar a busca pelo produto, mesmo que a digitação esteja errada. “Este sistema realiza a pesquisa por aproximação. Mesmo que a palavra não esteja acentuada, falte uma letra ou que a letra não esteja grafada da forma correta, o sistema localiza o item. Isso facilitará a busca, nos casos em que não se têm certeza da forma gramatical certa”, explicou Cesar Andrade, Analista de Tecnologia da Sefaz.
Ao entrar na ferramenta Busca Preço Amazonas, que fica instalada no site da Sefaz/AM, o internauta que estiver usando smartphone receberá uma mensagem perguntando se deseja informar sua localização. Caso responda afirmativamente, receberá os preços dos estabelecimentos que estão mais próximos dele.
“O usuário poderá direcionar sua procura para empresas que estão localizadas a dois, cinco ou até 10 quilômetros de distância de onde ele está, no momento da consulta. Inserimos esta opção porque muitos usuários da ferramenta não dispõem de veículo próprio para se deslocar pela cidade. Além disso, como a orientação é para sair o menos possível de casa nesta fase de isolamento, a ferramenta contribui para que o usuário vá direto ao local da compra sem precisar ir a vários estabelecimentos”, pontuou Rodrigo Albuquerque, chefe do Detin.
O Busca Preço apresenta ainda um dispositivo que fica em vermelho, logo abaixo do preço, que aponta dentro de uma mesma rede qual o preço praticado por cada filial. “É comum, por exemplo, uma rede de empresas fazer promoções em apenas algumas unidades. Para que o consumidor não perca tempo, o sistema da Sefaz/AM permite visualizar o preço individual por endereço”, explicou o chefe do Detin.
Como funciona
– Ao digitar o nome do produto ou alguma palavra-chave, o Busca Preço Amazonas realiza a pesquisa nas Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica (NFC-e), que são emitidas no Amazonas e estão armazenadas na Sefaz-AM. O sistema exibe a listagem dos produtos encontrados a partir do menor para o maior preço.
Cada vez que uma NFC-e é emitida por um estabelecimento, o preço dos itens registrados na nota é inserido e atualizado no sistema. Por padrão, são exibidos os preços de notas emitidas a partir dos últimos 30 minutos. No menu opções, o usuário pode alterar o período da consulta de um dia para até sete dias, podendo desta forma acompanhar os valores praticados.
A figura de um “foguinho” indica os preços das notas fiscais emitidas recentemente. Esta é a informação mais “quente” disponível pelo sistema. Dessa forma, o consumidor tem grande chance de encontrar o produto na prateleira quando chegar ao estabelecimento comercial.
“Identificar os valores reduzidos são vitais para quem tem pouco recurso. Muitos amazonenses estão vivendo com o auxílio de R$ 600 disponibilizado pelo Governo Federal e precisam fazer render ao máximo este dinheiro”, finalizou Alana Valério, secretária Executiva para Assuntos Administrativos (SEA) da Sefaz/AM.
Fonte: Portal voce.com