A Petrobras em comunicado emitido nesta sexta-feira (26) iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (“teaser”) referente à venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestres localizadas na Bacia de Solimões, no Estado do Amazonas.
Esta decisão, vem de encontro com a discussão que parlamentares estão tendo na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), sobre a Lei do Gás, que segundo o presidente da casa, deputado Josué Neto (PRTB), se a lei não for aprovada a tempo e nenhum interessado vier a comprar no leilão, o Amazonas perderá mais de 17 mil empregos, queda de arrecadação e queda em torno de 1/4 do PIB do Estado.
“Agora está nas mãos dos deputados estaduais e do governador essa decisão, para salvar o Amazonas que já sofre com o enfraquecimento contínuo da Zona Franca de Manaus (ZFM) e pode ser pior agora com o fim das operações da Petrobras”, disse.
O deputado estadual Serafim Corrêa (PSDB), manifestou-se também, a respeito da saída da Petrobras do Amazonas e segundo ele, não acredita que a venda da exploração em Coari e Tefé seja reversível.
“A Petrobras anunciou a decisão: vai vender a sua exploração em Coari e Tefé. Não creio que isso seja reversível, mas acho que ao menos precisamos tirar do fato algumas lições e a principal delas talvez seja que as empresas que vem investir na Amazônia devem ser tratadas com respeito e segurança jurídica. Isso é o mínimo, se é que queremos ter um futuro melhor”, comentou o parlamentar que esta decisão vem num momento muito difícil para o Amazonas.
Segundo a companhia, o “teaser”, que contém as principais informações sobre as concessões, bem como os critérios de elegibilidade de potenciais participantes, está disponível em seu site https://www.investidorpetrobras.com.br/resultados-e-comunicados/teasers/.
As sete concessões de produção, conjuntamente chamadas Polo Urucu, estão localizadas nos municípios de Tefé e Coari, ocupando uma área de aproximadamente 350 quilômetros quadrados.
No primeiro trimestre, a produção média do polo foi de 106,3 mil de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 16,5 mil barris por dia (bpd) de óleo e condensado, 14,3 milhões de metros cúbicos diários de gás e 1,13 mil toneladas ao dia de gás liquefeito de petróleo (GLP).
Além das concessões e suas instalações de produção, estão incluídos na transação as unidades de processamento da produção de petróleo e gás natural e instalações logísticas de suporte à produção.
Nota da Petrobras